Brasil registra 1.283 novos óbitos e tem 11 estados com alta na média
O Brasil registrou 1.283 novos óbitos nesta quarta-feira (13) e tem onze estados com tendência de aceleração na média móvel de mortes. Com os números de hoje, o país supera a marca de 8,2 milhões de casos e de 206 mil mortes provocadas pela covid-19. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Em média 995 pessoas morreram nos últimos sete dias, o que representa uma aceleração de 41% na comparação com 14 dias atrás. Desde o dia 8 o país registra acelerações consecutivas.
Hoje o país quebrou uma sequência de cinco dias sem ter estados em queda, com Roraima apresentando variação de -50%. Por outro lado, 11 estados tiveram aceleração e outros 14 mais o Distrito Federal se mantiveram estáveis.
Entre as regiões, apenas o Centro-Oeste teve estabilidade (10%). As demais apresentaram aceleração: Nordeste (25%), Norte (75%), Sudeste (55%) e Sul (24%).
De ontem para hoje, houve 61.966 diagnósticos positivos para o novo coronavírus, elevando o total de infectados para 8.257.459 desde o começo da pandemia.
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, centro de referência mundial no monitoramento da doença, o Brasil é o terceiro país com o maior número de casos no mundo, atrás apenas de Estados Unidos e Índia (com 22.901.264 e 10.495.147, respectivamente). No total de mortes causadas pela doença, o país aparece em segundo, logo depois dos EUA (382.120). Os números foram divulgados pela universidade no começo desta tarde.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 1.274 novos óbitos causados pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, 205.964 pessoas morreram devido à doença.
Pelo segundo dia consecutivo o Brasil cadastrou mais de mil novas mortes por covid-19 entre um dia e outro, pelos números do Ministério. Na terça-feira (12), a pasta confirmou 1.110 novos óbitos causados pela doença.
De ontem para hoje, houve 60.899 testes positivos para a covid-19 no país, elevando o total de infectados para 8.256.536 desde o começo da pandemia.
De acordo com a pasta, 7.316.944 pessoas se recuperaram da doença, com outras 733.628 em acompanhamento.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (3%)
- Minas Gerais: aceleração (60%)
- Rio de Janeiro: aceleração (67%)
- São Paulo: aceleração (54%)
Região Norte
- Acre: estável (-6%)
- Amazonas: aceleração (183%)
- Amapá: aceleração (32%)
- Pará: estável (13%)
- Rondônia: estável (7%)
- Roraima: queda (-50%)
- Tocantins: aceleração (154%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (14%)
- Bahia: estável (1%)
- Ceará: aceleração (246%)
- Maranhão: estável (-6%)
- Paraíba: estável (0%)
- Pernambuco: aceleração (44%)
- Piauí: estável (4%)
- Rio Grande do Norte: estável (-13%)
- Sergipe: aceleração (50%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-15%)
- Goiás: aceleração (95%)
- Mato Grosso: estável (10%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-11%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (80%)
- Rio Grande do Sul: estável (1%)
- Santa Catarina: estável (-10%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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