Brasil volta a ter média de mil mortes e segue em alta há uma semana
O Brasil registrou nesta quinta-feira (14) 1.000 mortes em média nos últimos sete dias. Foram 1.151 óbitos em 24 horas, com um total de 207.160 mortes desde o início da pandemia, segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Este é o terceiro dia seguido com novas mortes acima de mil registros. Pelos números do consórcio, houve 1.109 novas mortes por covid-19 registradas em 12 de janeiro e 1.283 no dia 13. Na semana passada houve cinco dias consecutivos com mais de mil novos óbitos em um intervalo de 24 horas: entre os dias 5 e 9, foram 1.186, 1.266, 1.120, 1.379 e 1.115, respectivamente.
Os números não indicam quando os óbitos, de fato, ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar dos balanços oficiais.
Com essa média móvel, o país registrou aceleração de 42% na comparação com 14 dias atrás. Hoje completa uma semana que o país está com tendência de alta.
Doze estados apresentaram alta na média, enquanto apenas um teve queda: Acre (-31%). Outros treze mais o Distrito Federal tiveram estabilidade.
Todas as regiões apresentaram aceleração: Centro-Oeste (16%), Nordeste (19%%), Norte (78%), Sudeste (53%) e Sul (32%).
Nas últimas 24 horas, o país apresentou 68.656 diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Desde o começo da pandemia, o total de infectados subiu para 8.326.115. Foram 1.000 mortes em média nos últimos sete dias.
Dados da Saúde
Em boletim divulgado nesta quinta-feira (14), o ministério da Saúde informou que foram cadastrados 1.131 novos óbitos provocados pela covid-19 de ontem para hoje. No total, 207.095 pessoas morreram desde o começo da pandemia. Pelos números do ministério, é o terceiro dia consecutivo com mais de mil novas mortes causadas pela doença em um intervalo de 24 horas.
Entre ontem e hoje, houve 67.758 testes positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o início da pandemia, o total de infectados chegou a 8.324.294.
De acordo com o governo federal, 7.339.703 pessoas se recuperaram da covid-19, com outras 777.496 em acompanhamento.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (4%)
- Minas Gerais: aceleração (51%)
- Rio de Janeiro: aceleração (64%)
- São Paulo: aceleração (55%)
Região Norte
- Acre: queda (-31%)
- Amazonas: aceleração (187%)
- Amapá: aceleração (30%)
- Pará: estável (13%)
- Rondônia: estável (4%)
- Roraima: estável (-14%)
- Tocantins: aceleração (185%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (14%)
- Bahia: estável (2%)
- Ceará: aceleração (98%)
- Maranhão: estável (-4%)
- Paraíba: estável (-5%)
- Pernambuco: aceleração (50%)
- Piauí: estável (-4%)
- Rio Grande do Norte: estável (-1%)
- Sergipe: aceleração (43%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-13%)
- Goiás: aceleração (132%)
- Mato Grosso: aceleração (21%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-15%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (105%)
- Rio Grande do Sul: estável (3%)
- Santa Catarina: estável (-8%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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