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Brasil volta a ter média de mil mortes e segue em alta há uma semana

Brasil ultrapassou a marca de 8,3 milhões de casos confirmados de covid-19  - Reinaldo Canato / UOL
Brasil ultrapassou a marca de 8,3 milhões de casos confirmados de covid-19 Imagem: Reinaldo Canato / UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

14/01/2021 19h01Atualizada em 14/01/2021 20h48

O Brasil registrou nesta quinta-feira (14) 1.000 mortes em média nos últimos sete dias. Foram 1.151 óbitos em 24 horas, com um total de 207.160 mortes desde o início da pandemia, segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.

Este é o terceiro dia seguido com novas mortes acima de mil registros. Pelos números do consórcio, houve 1.109 novas mortes por covid-19 registradas em 12 de janeiro e 1.283 no dia 13. Na semana passada houve cinco dias consecutivos com mais de mil novos óbitos em um intervalo de 24 horas: entre os dias 5 e 9, foram 1.186, 1.266, 1.120, 1.379 e 1.115, respectivamente.

Os números não indicam quando os óbitos, de fato, ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar dos balanços oficiais.

Com essa média móvel, o país registrou aceleração de 42% na comparação com 14 dias atrás. Hoje completa uma semana que o país está com tendência de alta.

Doze estados apresentaram alta na média, enquanto apenas um teve queda: Acre (-31%). Outros treze mais o Distrito Federal tiveram estabilidade.

Todas as regiões apresentaram aceleração: Centro-Oeste (16%), Nordeste (19%%), Norte (78%), Sudeste (53%) e Sul (32%).

Nas últimas 24 horas, o país apresentou 68.656 diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Desde o começo da pandemia, o total de infectados subiu para 8.326.115. Foram 1.000 mortes em média nos últimos sete dias.

Dados da Saúde

Em boletim divulgado nesta quinta-feira (14), o ministério da Saúde informou que foram cadastrados 1.131 novos óbitos provocados pela covid-19 de ontem para hoje. No total, 207.095 pessoas morreram desde o começo da pandemia. Pelos números do ministério, é o terceiro dia consecutivo com mais de mil novas mortes causadas pela doença em um intervalo de 24 horas.

Entre ontem e hoje, houve 67.758 testes positivos para o novo coronavírus em todo o país. Desde o início da pandemia, o total de infectados chegou a 8.324.294.

De acordo com o governo federal, 7.339.703 pessoas se recuperaram da covid-19, com outras 777.496 em acompanhamento.

Especialistas indicam cálculo de média móvel

Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.

O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: estável (4%)

  • Minas Gerais: aceleração (51%)

  • Rio de Janeiro: aceleração (64%)

  • São Paulo: aceleração (55%)

Região Norte

  • Acre: queda (-31%)

  • Amazonas: aceleração (187%)

  • Amapá: aceleração (30%)

  • Pará: estável (13%)

  • Rondônia: estável (4%)

  • Roraima: estável (-14%)

  • Tocantins: aceleração (185%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estável (14%)

  • Bahia: estável (2%)

  • Ceará: aceleração (98%)

  • Maranhão: estável (-4%)

  • Paraíba: estável (-5%)

  • Pernambuco: aceleração (50%)

  • Piauí: estável (-4%)

  • Rio Grande do Norte: estável (-1%)

  • Sergipe: aceleração (43%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: estável (-13%)

  • Goiás: aceleração (132%)

  • Mato Grosso: aceleração (21%)

  • Mato Grosso do Sul: estável (-15%)

Região Sul

  • Paraná: aceleração (105%)

  • Rio Grande do Sul: estável (3%)

  • Santa Catarina: estável (-8%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.