AM: Total de pacientes transferidos para outros estados chega a 115
Dezoito pacientes com covid-19 do Amazonas foram transferidos na noite de ontem para Goiás (GO) e mais quatro do município de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), para Belém (PA) na madrugada de hoje. Com o translado, que tem o objetivo de melhorar o atendimento na rede estadual de saúde no Amazonas, o estado contabiliza 115 pacientes sendo tratados em outras cidades do país.
Essa é a 10ª transferência que ocorre no estado e contou com 12 pacientes do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de agosto e mais 6 do Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do São Raimundo, que estavam em condições estáveis, o que é necessário para ser transferido.
Fabiana Maciel, que é gerente de hospitais e fundações da SES- AM (Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas), explicou como ocorre a avaliação dos pacientes. "Para que a transferência aconteça, os pacientes passaram por uma avaliação com equipe médica multiprofissional, ainda no hospital, e foram selecionados aqueles que são elegíveis para a ação. Eles são levados para a ambulância, mas antes de embarcar, passam por outra avaliação para que não haja nenhuma intercorrência que o impeça de ser transferido", afirmou.
A transferência para outros estados, de pacientes com covid-19 internados em unidades da rede de Saúde do Amazonas, tem seguido rígidos protocolos de segurança para resguardar pacientes e profissionais que estão atuando na operação, segundo o governo.
Cássio Espírito Santo, secretário executivo de Assistência do Interior, ressaltou que a iniciativa será estendida para outros municípios. "Estamos propondo para Coari e Tefé também, então os municípios do interior que tiverem dispostos e as famílias que autorizaram a remoção dos pacientes, a gente está com esse plano de remoção para que os pacientes possam ter o tratamento adequado", disse.
O Governo do Amazonas decidiu pela remoção de pacientes, após dificuldade de abastecimento de oxigênio apresentado pela empresa White Martins, responsável pela oferta do serviço, devido ao aumento da demanda pelo produto nos últimos 15 dias, com o crescimento no número de internações na rede estadual.
"Somos o único estado que temos hospital em todos os municípios, o único estado que tem 100% dos hospitais com respiradores, porém nesse agravamento da pandemia que houve aqui na capital e a dificuldade dos municípios do interior estarem encaminhando, a gente está fazendo uma coisa que está prevista no SUS, que é o Tratamento Fora de Domicílio", acrescentou o secretário.
Mais de 100 já foram transferidos
Procurada pela reportagem, em resposta ao UOL, a Secretaria de Estado de Saúde informou que desde sexta-feira (15), 115 pacientes internados em unidades da rede estadual de Saúde já foram transferidos para tratamento em hospitais dos Estados do Acre, Distrito Federal, Maranhão, Pernambuco, Piauí, João Pessoa, Rio Grande do Norte, Pará e Goiás.
Destes, nove foram para Teresina (PI), 23 para São Luis (MA), 15 para Brasília (DF), 15 para João Pessoa (PB) 12 para Natal (RN) e outros três pacientes que foram para Rio Branco (AC) transferidos de Tabatinga.
Na segunda-feira (18), dois pacientes foram transferidos de Parintins para Belém. Durante a tarde, 14 pacientes foram transferidos para o estado de Goiás e em uma nova transferência realizada no início da noite, outros 18 pacientes foram levados ao estado, totalizando 32 pacientes para Goiás.
Na madrugada desta terça-feira (19), houve a transferência de mais quatro pacientes de Parintins para Belém.
Durante a viagem, uma equipe médica acompanha o paciente até a internação dele no hospital de destino. A SES-AM informou que novas transferências estão previstas para acontecer ao longo da semana.
Ao todo serão 235 pacientes de Manaus que deverão ser transferidos para hospitais de outros estados que começaram a ser levados em voos da FAB (Força Aérea Brasileira) na manhã da última sexta-feira (15).
O transporte aéreo tem sido feito pela FAB, que tem atuado na força-tarefa ao lado do governo do estado e Ministério da Saúde no enfrentamento da crise sanitária provocada pela covid-19.
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