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Com atraso, Rio recebe doses e começa a distribuir às 92 cidades

Helicópteros da Polícia Militar, da Polícia Civil, e do Corpo de Bombeiros, são usados para o transporte das doses da CoronaVac - Divulgação/Reprodução
Helicópteros da Polícia Militar, da Polícia Civil, e do Corpo de Bombeiros, são usados para o transporte das doses da CoronaVac Imagem: Divulgação/Reprodução

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

19/01/2021 09h21

As quase 488 mil doses da vacina CoronaVac que serão usadas na primeira fase da imunização contra a covid-19 no Rio de Janeiro chegaram à capital fluminense na manhã de hoje. O último lote veio em um voo comercial, que aterrissou por volta das 4h30, depois de atrasos enfrentados ontem.

As doses serão usadas para imunizar mais de 232 mil fluminenses do grupo prioritário, entre profissionais da saúde, idosos em abrigos, índios e quilombolas. De acordo com a Secretaria de Saúde, as doses estão sendo transportadas em vans, caminhões e em helicópteros da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Os 92 municípios do estado receberão os imunizantes.

À tarde, a Secretaria Municipal de Saúde da capital dará início à vacinação dos profissionais da saúde, no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla —que é considerado referência da rede municipal para o tratamento da covid-19.

Ato simbólico no Cristo

A vacinação no Rio começou ontem, em uma aplicação simbólica no Cristo Redentor. As primeiras vacinadas da capital fluminense foram Terezinha da Conceição, 80, e Dulcinea Silva Lopes, 59.

Terezinha da Conceição vive em um abrigo da Prefeitura desde 2015. Na ocasião em que foi acolhida, a idosa estava "em situação de vulnerabilidade e risco social", de acordo com a administração municipal. A casa dela precisou ser demolida por riscos estruturais.

Dulcinea, por sua vez, é uma profissional da "linha de frente" do combate ao coronavirus. Técnica de enfermagem, ela trabalha no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla.

'Problema logístico' e voo fretado para SP

A chegada da vacina no estado foi marcada por atraso e falta de informação. Uma entrevista à imprensa convocada pelo governador em exercício do Rio, Cláudio Castro (PSC), foi desmarcada às 13h —quando estava prevista para começar— em razão do cancelamento do voo que traria as vacinas.

O governo federal, que disse ter ocorrido um "problema logístico", mandou um avião fretado a São Paulo que trouxe ao Rio dez caixas da vacina, o que permitiu o início simbólico da vacinação.

Na capital fluminense, o primeiro lote do imunizante será aplicado em um período de quatro dias.