Saúde pede para estados e municípios seguirem Plano Nacional de Vacinação
O Ministério da Saúde pediu a estados e municípios que sigam as orientações coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que prevê ciclos de vacinação de acordo com os grupos prioritários definidos em estudos populacionais.
Por meio de ofício, enviado ontem, o ministério alertou o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasem) dizendo ser "imprescindível que todas as unidades de saúde da Federação cumpram as diretrizes para que o país tenha doses suficiente para imunizar com as duas doses previstas este primeiro ciclo da campanha de vacinação e garanta uma imunização eficaz no país".
O Brasil conta, neste momento, com 6 milhões de doses do imunizante disponibilizado pelo Instituto Butantan e que foram distribuídas pelo Ministério da Saúde aos 26 estados e o Distrito Federal. Esse primeiro lote, no entanto, é suficiente apenas para cerca de 2,8 milhões de pessoas.
Insatisfação com falta de vacina
Mais cedo, governadores de 15 estados encaminharam um ofício ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pedindo que ele retome o diálogo com China e Índia, países fornecedores de insumos para a produção de vacinas contra a covid-19 no Brasil.
"Nesse sentido, solicitam a essa Presidência que seja avaliada a possibilidade de estabelecimento de diálogo diplomático com os governos dos países provedores dos referidos insumos, sobretudo China e Índia, para assegurar a continuidade do processo de imunização no País", diz o ofício assinado por Wellington Dias (PT), governador do Piauí e líder do grupo sobre estratégias para vacina contra covid-19 no Fórum Nacional de Governadores.
Assinam o documento os governadores de Alagoas, Renan Filho (MDB); do Amapá, Waldez Goés (PDT); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Pará, Helder Barbalho (MDB); da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de São Paulo, João Doria (PSDB); e de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD).
Iniciada na segunda-feira, a vacinação contra a covid-19 no País pode ser interrompida em pouco tempo por dificuldades na importação de imunizantes prontos e de matéria-prima para a produção. O programa começou com 6 milhões de doses da Coronavac, importadas da China, cujo uso emergencial foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Outros 2 milhões de doses prontas da vacina Oxford/AstraZeneca também tiveram o uso aprovado. Produzidas pelo laboratório Serum, da Índia, essas doses ainda não foram enviadas e não há previsão para isso. O governo brasileiro chegou a preparar um avião na semana passada para buscar o imunizante, mas o país asiático negou a liberação imediata.
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