Brasil completa 5 dias com média de mortes por covid-19 acima de mil
O Brasil completou hoje cinco dias com média de mortes por covid-19 acima de mil. Foram 1.055 óbitos em média nos últimos sete dias, ainda assim, o país apresenta estabilidade. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
Este é o terceiro dia seguido em que a média de mortes é a maior desde 4 de agosto —quando registrou 1.066—. A variação na comparação com 14 dias atrás foi de 6%, o que representa estabilidade, ainda que em números muito altos. No sábado (23) e no domingo (24), o país já havia apresentado as maiores médias móveis dos últimos 5 meses: respectivamente, 1.021 e 1.030.
Não se via uma sequência tão grande no país desde o período de 31 dias entre 3 de julho e 2 de agosto, o maior já verificado durante a pandemia.
Nas últimas 24 horas, foram registradas 631 novas mortes provocadas pela covid-19. Desde o início da pandemia, foram 217.712 óbitos causados pela doença em todo o país.
Das regiões, apenas o Sul teve queda (-27%). Centro-Oeste (31%) e Norte (77%) apresentaram aceleração. As demais tiveram estabilidade: Nordeste (-2%) e Sudeste (6%).
Dos estados, 18 mais o Distrito Federal tiveram estabilidade. Cinco apresentaram aceleração e apenas três tiveram queda.
De ontem para hoje, houve 28.364 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no Brasil. O total de infectados chegou a 8.872.964 desde o começo da pandemia.
O país chegou hoje a mais de 685 mil vacinados contra a doença. No total, 685.201 pessoas foram imunizadas até o momento, com base em números divulgados pelas secretarias de saúde de 17 estados e do Distrito Federal.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou hoje que o Brasil registrou 627 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, 217.664 pessoas morreram em todo o país devido à doença.
De ontem para hoje, houve 26.816 testagens positivas para a covid-19 no país, elevando o total de infectados para 8.871.393 desde o começo da pandemia.
De acordo com o governo federal, 7.709.602 pessoas se recuperaram da doença, com outras 944.127 em acompanhamento.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-1%)
- Minas Gerais: aceleração (23%)
- Rio de Janeiro: estável (-8%)
- São Paulo: estável (9%)
Região Norte
- Acre: estável (-11%)
- Amazonas: aceleração (133%)
- Amapá: queda (-29%)
- Pará: estável (15%)
- Rondônia: estável (-2%)
- Roraima: aceleração (73%)
- Tocantins: estável (7%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (13%)
- Bahia: estável (4%)
- Ceará: estável (-8%)
- Maranhão: estável (-9%)
- Paraíba: estável (-7%)
- Pernambuco: estável (-6%)
- Piauí: estável (6%)
- Rio Grande do Norte: estável (-12%)
- Sergipe: estável (4%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-10%)
- Goiás: aceleração (109%)
- Mato Grosso: aceleração (59%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-15%)
Região Sul
- Paraná: queda (-37%)
- Rio Grande do Sul: queda (-20%)
- Santa Catarina: estável (-15%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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