Há 15 dias, média diária de mortes por covid fica acima de mil no Brasil
O Brasil chegou hoje ao 15º dia consecutivo com média de mais de mil mortes por covid-19. Nos últimos sete dias, a média de vítimas ficou em 1.030. Desde ontem foram computados 1.291 novos óbitos causados pela doença. Isso não indica quando as mortes ocorreram de fato, mas sim a data na qual passaram a constar dos balanços oficiais.
O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nos dados das secretarias estaduais de saúde.
O país ultrapassou hoje a marca dos 3 milhões de vacinados contra a covid-19; 3.043.108 pessoas já foram imunizadas, segundo informações fornecidas pelas secretarias de saúde de 26 estados e do Distrito Federal.
Média de mortes
Trata-se do segundo período mais longo em toda a pandemia no qual o Brasil apresenta média móvel acima de mil mortes por covid-19 nos sete dias anteriores. A maior sequência ocorreu entre 3 de julho e 2 de agosto (31 dias). Neste intervalo, houve o recorde de 1.097 óbitos em média, verificado em 25 de julho.
Em 29 e 30 de janeiro, o Brasil teve as maiores médias de mortes por covid-19 dos últimos seis meses: 1.068 e 1.071, respectivamente.
A variação na comparação com 14 dias atrás foi de 3%, o que representa estabilidade, ainda que em números muito altos.
Das regiões, Nordeste (-22%), Sudeste (-28%) e Sul (-23%) apresentaram queda. Norte (-10%) e Centro-Oeste (-8%) registraram estabilidade.
Dos estados, nove tiveram estabilidade. Onze e mais o Distrito Federal apresentaram aceleração e seis tiveram queda.
Pelo terceiro dia seguido, o país cadastrou mais de mil novas mortes por covid-19 em um intervalo de 24 horas. No total, 228.883 pessoas morreram devido à doença no Brasil desde o início da pandemia.
Houve 57.848 diagnósticos positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje. Desde o começo da pandemia, o Brasil atingiu um total de 9.397.769 infectados.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-4%)
- Minas Gerais: estável (-4%)
- Rio de Janeiro: estável (-6%)
- São Paulo: estável (-5%)
Região Norte
- Acre: aceleração (91%)
- Amazonas: aceleração (23%)
- Amapá: queda (-25%)
- Pará: aceleração (41%)
- Rondônia: aceleração (29%)
- Roraima: aceleração (250%)
- Tocantins: estável (-5%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (0%)
- Bahia: aceleração (21%)
- Ceará: aceleração (26%)
- Maranhão: aceleração (56%)
- Paraíba: estável (-2%)
- Pernambuco: queda (-18%)
- Piauí: aceleração (30%)
- Rio Grande do Norte: queda (-24%)
- Sergipe: queda (-40%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (30%)
- Goiás: aceleração (32%)
- Mato Grosso: estável (-1%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-20%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (42%)
- Rio Grande do Sul: queda (-22%)
- Santa Catarina: estável (-10%)
Dados da Saúde
Pelo terceiro dia seguido, o Brasil registrou mais de mil novas mortes provocadas pela covid-19 em um intervalo de 24 horas. Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que, de ontem para hoje, foram computados 1.232 novos óbitos causados pela doença. O total de vítimas desde o início da pandemia chegou a 228.795.
Desde ontem, foram confirmados 56.873 novos casos de covid-19 em todo o país — o total de infectados subiu para 9.396.293, desde o começo da pandemia.
De acordo com o governo federal, 8.291.763 pessoas se recuperaram da doença, com outras 875.735 em acompanhamento.
Insumos da vacina de Oxford chegam ao Brasil no sábado (6)
O Ministério da Saúde informou que o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina Covishield da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca chegam da China ao Brasil no próximo sábado (6) para a produção do imunizante na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
O avião irá sair de Xangai na sexta-feira (5), às 7h35 (20h35 desta quinta-feira, horário de Brasília) e tem previsão de pouso no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 17h50.
A Fiocruz espera atingir a marca de 100,4 milhões de doses produzidas até julho de 2021, a partir da chegada do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo). A fundação afirmou que, a partir do segundo semestre com a transferência de tecnologia, o IFA começará a ser produzido no Brasil, o que deve garantir a autonomia do desenvolvimento das doses do imunizante da Oxford na própria Fiocruz, acelerando o processo de produção da vacina aqui.
"Essa submissão é diferente da autorização para uso emergencial que obtivemos recentemente. O uso emergencial foi concedido especificamente para os 2 milhões de doses que foram adquiridos e importados do Instituto Serum, na Índia, em caráter emergencial e temporário. Agora, com a entrega desse último pacote de informações, visamos a autorização definitiva para a produção e fornecimento da vacina", explicou a vice-diretora de Qualidade de do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Rosane Cuber.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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