Doria sanciona lei que multa em até R$ 98,9 mil 'fura-fila' na vacinação

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sancionou hoje lei aprovada na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) que prevê multa para casos de 'fura-fila' em vacinações contra a covid-19 no estado. Caso o imunizado ou seu representante legal desrespeite o cronograma de imunização, o valor a ser pago é de R$ 49.453,00. A quantia dobra se o imunizado for agente público, chegando a R$ 98.906,00.

Já para o agente público responsável pela aplicação da vacina, o montante chega a R$ 24.726,50. A pena também recai para os superiores hierárquicos, caso seja comprovada a ordem ou consentimento para furar a fila.

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"Com a mesma urgência em que o Governo sancionou a Lei, a sua regulamentação para definir quem aplicará às multas será definida. Os valores decorrentes das multas deverão ser recolhidos ao Fundo Estadual de Saúde", explica a gestão Doria.

A medida será publicada no Diário Oficial no próximo sábado (13). A Câmara dos Deputados também aprovou nesta semana até três anos de detenção para quem furar a fila da imunização. O texto ainda precisa passar pelo Senado.

Ranking de vacinação

No evento, o governo de São Paulo também divulgou um ranking das cidades paulistas com mais de 100 mil pessoas que mais vacinaram proporcionalmente à sua população.

• São Caetano do Sul - 8,1%
• Catanduva - 7,2%
• Botucatu - 7%
• Barretos - 6,3%
• Santos - 5,8%
• São José do Rio Preto - 5,7%
• Jaú - 5%
• Araçatuba - 5%
• Araraquara - 4,9%
• Marília - 4,8%

Em todo o estado, 1,3 milhão de pessoas foram vacinadas até o início da tarde de hoje. —apenas 2,8% da população.

Mais vacinas

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, hoje, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes cobrou novamente mais vacinas para ampliar os grupos atendidos pela imunização. Por enquanto, o Brasil está aplicando apenas dois imunizantes: CoronaVac e Oxford/AstraZeneca.

No estado de São Paulo, estão recebendo as doses, por enquanto, apenas profissionais de saúde, idosos com mais de 85 anos e moradores de rua maiores de 60 anos.

"A vacinação depende de doses de vacina. Quanto mais doses, mais brasileiros serão imunizados. É o que desejamos. Enquanto tivermos doses limitadas, teremos que limitar velocidade com que esse processo vacinal acontece. Adoraríamos completar público de idosos, mas estamos tendo responsabilidade de garantir que quem tomou primeira dose tenha direito de receber segunda dose", explicou.