Brasil registra 3ª maior média de mortes por covid-19 em toda a pandemia
O Brasil apresentou hoje (23) a terceira maior média móvel de mortes por covid-19 em toda a pandemia e a segunda maior no ano de 2021. Nos últimos sete dias, a média de óbitos causados pela doença foi de 1.095. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nas informações transmitidas pelas secretarias estaduais de saúde.
A marca registrada hoje só é menor que as de 14 de fevereiro deste ano (1.105) e de 25 de julho de 2020 (1.097). Hoje, o país completou 34 dias consecutivos com média móvel de mortes por covid-19 acima de mil, a maior sequência em toda a pandemia.
Das dez maiores médias móveis em toda a pandemia, seis ocorreram em 2021. Além das duas já citadas, foram em: 15 de fevereiro (1.092), 13 de fevereiro (1.083), 11 de fevereiro (1.073) e 30 de janeiro (1.071).
Apesar dos números, o país registra estabilidade na variação da média móvel em comparação com 14 dias atrás, ainda que em patamares elevados. Hoje a variação foi de 4%. Desde 22 de janeiro o país apresenta tendência de estabilidade.
A média móvel é considerada pelos especialistas a melhor forma de observar o cenário da covid-19. Aos fins de semana e feriados, por exemplo, os números costumam cair por causa da menor disponibilidade de equipes de saúde para atualizar os dados. A média dos últimos sete dias é uma forma de atenuar essas distorções. Para definir se o cenário é de aceleração, estabilidade ou queda, é calculada a variação no período de 14 dias.
Nas últimas 24 horas, foram computadas 1.370 novas mortes causadas pela covid-19, atingindo um total de 248.646 vítimas desde o início da pandemia. Os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais.
Em todo o território nacional, 12 estados apresentam tendência aceleração na média móvel, enquanto outros 10 e o DF estão estabilizados. Outros cinco registram quedas em suas curvas.
Das regiões, apenas o Norte teve queda (-16%) após dias seguidos em estabilidade. Já Nordeste (39%) e Sul (37%) tiveram aceleração. Centro-Oeste (13%) e Sudeste (-7%) se mantiveram estáveis.
Houve 63.090 diagnósticos positivos para o novo coronavírus de ontem para hoje em todo o país. Desde o começo da pandemia, o total de infectados subiu para 10.260.621.
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (23) que o Brasil registrou 1.386 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Esta é a segunda maior marca computada neste ano, de acordo com a pasta. No total, houve 248.529 óbitos provocados pela doença no país desde o começo da pandemia.
Os dados de hoje se igualam ao número de óbitos registrados pelo Ministério em 28 de janeiro. A maior marca em 2021, segundo o governo federal, foi verificada em 7 de janeiro, quando houve 1.524 mortes em um intervalo de 24 horas.
De ontem para hoje, houve 62.715 novos casos de covid-19 pelos números divulgados pelo Ministério. Desde o início da pandemia, o total de infectados chegou a 10.257.875 no país.
De acordo com o governo federal, 9.215.164 pessoas se recuperaram da doença, com outras 794.182 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (5%)
- Minas Gerais: estável (-5%)
- Rio de Janeiro: estável (-1%)
- São Paulo: estável (-13%)
Região Norte
- Acre: aceleração (78%)
- Amazonas: queda (-47%)
- Amapá: queda (-25%)
- Pará: aceleração (73%)
- Rondônia: aceleração (31%)
- Roraima: aceleração (39%)
- Tocantins: queda (-20%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (10%)
- Bahia: aceleração (63%)
- Ceará: aceleração (95%)
- Maranhão: estável (14%)
- Paraíba: aceleração (53%)
- Pernambuco: estável (-1%)
- Piauí: estável (0%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (70%)
- Sergipe: queda (-27%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (0%)
- Goiás: aceleração (36%)
- Mato Grosso: estável (-13%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-28%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (19%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (53%)
- Santa Catarina: aceleração (47%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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