Melo anuncia novas restrições em Porto Alegre e ameaça fechar orla
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), anunciou restrições no transporte público municipal e o fechamento de espaços culturais da prefeitura para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus na capital do Rio Grande do Sul.
"A partir de amanhã, nenhum passageiro em pé será permitido nos ônibus de Porto Alegre", afirmou Melo em live no Facebook. "Nós também vamos ampliar os ônibus nos horários de pico na cidade", continuou.
Melo também pediu que a população não se aglomere nos espaços públicos de Porto Alegre, como parques e praças, e disse que, por ora, não pretende fechar a orla do Guaíba. Ainda sim, disse que pode voltar atrás no posicionamento.
"Nós não vamos, em um primeiro momento, fechar a orla. Mas se a população não atender ao pedido do governo, nós vamos fechar a orla. Não gostamos de fazer nada com decreto: é com diálogo, é com a conscientização", afirmou.
Sobre os espaços culturais, Melo foi breve e apenas disse que serão fechados. O prefeito também anunciou que se reunirá com os "setores produtivos da cidade" para buscar uma flexibilização nos horários de trabalho das empresas para conter aglomerações no transporte público.
"Vamos chamar uma reunião com setores produtivos da cidade para ver a possibilidade de horários diferentes de funcionamento das atividades [econômicas]. Isso é uma coisa que penso há muito tempo, antes mesmo da tragédia que estamos vivendo", pontuou.
Desde a última sexta-feira (19), Porto Alegre está na fase mais restritiva do plano de flexibilização das atividades do Rio Grande do Sul, a bandeira preta, indicando altíssimo risco para esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de disseminação do vírus.
Com a bandeira, os comércios varejistas e atacadistas não essenciais devem ficar fechados. Academias, centros de treinamento, estúdios e serviços de educação física em piscinas, clubes sociais e esportivos também ficam impedidos de operar.
Na última segunda-feira (22), hospitais e clínicas de Porto Alegre pediram mais restrições por parte do governo estadual, como a "efetiva suspensão das atividades noturnas", que teria o intuito de "eliminar as aglomerações que vêm ocorrendo de forma irresponsável".
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