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Butantan vai receber na 5ª insumos para 14 milhões de doses da CoronaVac

Até 05/03, Butantan deve concluir a entrega de mais 5,6 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde - Aloísio Maurício/Estadão Conteúdo
Até 05/03, Butantan deve concluir a entrega de mais 5,6 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde Imagem: Aloísio Maurício/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

01/03/2021 16h50Atualizada em 01/03/2021 17h05

O Instituto Butantan vai receber na próxima quinta-feira (4) um novo lote do insumo farmacêutico ativo (IFA) para produção de mais 14 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório Sinovac. O anúncio foi feito hoje pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Só em março, segundo Doria, o Butantan deve entregar 21 milhões de doses da CoronaVac ao plano nacional de imunização contra a covid-19 do Ministério da Saúde. Até o fim de abril, o governo federal já terá recebido 46 milhões de doses do imunizante; outras 56 milhões serão entregues até o fim de agosto, totalizando 100 milhões.

O Butantan passou a trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, para agilizar a produção e envase das vacinas, ainda de acordo com o governador.

Em uma rede social, o perfil do Instituto Butantan confirmou a chegada de mais insumos para a fabricação da CoronaVac.

"O Butantan vai receber nesta semana mais 8,2 mil litros de insumos vindos da China para produção da vacina contra a covid-19. A quantidade equivale a 14 milhões de doses do imunizante. Além disso, até dia 5 de março, o instituto conclui a entrega de mais 5,6 milhões de doses [ao Ministério da Saúde]", escreveu.

Hoje, 9 entre 10 vacinas contra a covid-19 distribuídas pelo Brasil são do Butantan.

Novo prazo à Anvisa

O Instituto Butantan se reuniu hoje com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para pedir a prorrogação do prazo de entrega do relatório de imunogenicidade da CoronaVac, inicialmente previsto para terminar ontem (28). As informações solicitadas demonstram a capacidade da vacina de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos.

Os técnicos do Butantan explicaram que o principal motivo do atraso foi a dificuldade de disponibilidade e importação dos insumos e reagentes necessários para a conclusão dos estudos.

Segundo Anvisa, caso os estudos tivessem sido entregues na data acordada, a agência teria até 31 de março para avaliar as informações submetidas. Agora, a Anvisa pediu ao Butantan que ele apresente formalmente as justificativas técnicas para a prorrogação para avaliar o pedido.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)