Brasil registra maior média de mortes por covid-19 pelo 3º dia consecutivo
Pelo terceiro dia consecutivo, o Brasil bateu recorde na média móvel de mortes por covid-19. Foram 1.223 óbitos em média nos últimos sete dias, o que coloca o país novamente em tendência de aceleração. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base em dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Os recordes sucessivos comprovam que o Brasil vive atualmente o seu pior momento desde março de 2020. O país passa também pelo maior período com média de mortes acima de mil: já são 40 dias. O mês de fevereiro de 2021 é o segundo mais letal em toda a pandemia.
As seis maiores médias móveis de mortes por covid-19 em toda a pandemia ocorreram nos últimos seis dias:
- 1º de março - 1.223
- 28 de fevereiro - 1.208
- 27 de fevereiro - 1.180
- 25 de fevereiro - 1.150
- 26 de fevereiro - 1.148
- 24 de fevereiro - 1.129
Com a média móvel registrada hoje e os recordes consecutivos, o Brasil volta a apresentar aceleração (16%) na comparação com 14 dias atrás. A última vez que o país registrou alta foi em 21 de janeiro.
Nas últimas 24 horas, o país registrou 818 novas mortes causadas pela covid-19, elevando o total de óbitos para 255.836 desde o começo da pandemia. Os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais.
Catorze estados e o Distrito Federal também apresentam tendência de alta, enquanto apenas quatro têm queda. Outros oito mantêm índices estáveis.
Das 5 regiões, 3 registram tendência de alta: Nordeste (49%), Norte (49%) e Sul (114%). Centro-Oeste (-3%) e Sudeste (1%) estão estáveis.
De ontem para hoje, houve 40.479 diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Desde o início da pandemia, o total de infectados no país chegou a 10.589.608.
Dados da Saúde
Nesta segunda-feira (1º), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou 778 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença causou um total de 255.720 óbitos no país.
De ontem para hoje, houve 35.742 testes positivos para o novo coronavírus, de acordo com a pasta. O número de infectados chegou a 10.587.001 desde o começo da pandemia.
Segundo o governo federal, 9.457.100 pessoas se recuperaram da doença, com outras 874.181 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (1%)
- Minas Gerais: estável (-5%)
- Rio de Janeiro: estável (0%)
- São Paulo: estável (6%)
Região Norte
- Acre: aceleração (38%)
- Amazonas: queda (-49%)
- Amapá: queda (-35%)
- Pará: aceleração (53%)
- Rondônia: estável (-12%)
- Roraima: queda (-25%)
- Tocantins: aceleração (68%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (15%)
- Bahia: aceleração (60%)
- Ceará: aceleração (64%)
- Maranhão: aceleração (71%)
- Paraíba: aceleração (46%)
- Pernambuco: estável (-13%)
- Piauí: aceleração (72%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (116%)
- Sergipe: estável (25%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (48%)
- Goiás: queda (-27%)
- Mato Grosso: aceleração (21%)
- Mato Grosso do Sul: estável (-1%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (82%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (123%)
- Santa Catarina: aceleração (154%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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