Hospital fechado na pandemia no RJ corria risco de desabamento, diz governo
Um hospital na zona oeste do Rio fechado desde a semana passada em meio à pandemia do coronavírus enfrentou o risco de desabamento nos últimos anos. A situação foi revelada hoje em coletiva concedida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), no centro da capital fluminense.
O Hospital Estadual Eduardo Rabello será submetido a um estudo técnico, que só será concluído em um prazo de quatro meses para definir se a unidade passará por reforma estrutural ou se precisará apenas de pequenos reparos na estrutura. Ainda não há prazo para que o hospital, especializado no tratamento de idosos e com 60 leitos, volte a funcionar. O UOL mostrou o fechamento do local sob protesto de funcionários em Senador Vasconcelos, entre os dois bairros com maior número de óbitos (Campo Grande e Bangu), na região mais populosa da capital.
A SES exibiu um estudo sobre a manutenção predial e a situação estrutural da edificação, com relatórios e fotos de rachaduras nas paredes, teto e estrutura. O laudo mais recente foi elaborado no mês passado, segundo o governo. Ainda há cinco pacientes na unidade, à espera de transferência. Outras oito pessoas já foram remanejadas para outros hospitais no Rio.
Carlos Alberto Chaves, secretário estadual de Saúde, garantiu que a unidade não será fechada. Contudo, reforçou a importância de obras para evitar risco de desabamento e do remanejamento de funcionários.
Posso garantir que o Eduardo Rabello não será fechado. E que os funcionários não serão demitidos. Mas não podemos fazer remendos [para reabrir a unidade]. Vamos reabrir com segurança
Carlos Alberto Chaves, secretário de Saúde do RJ
A Emop (Empresa de Obras Públicas do estado do Rio) foi autorizada a abrir licitação para elaboração do estudo técnico. Só depois disso, será possível prever quando o hospital poderá ser reaberto.
MP ajuizou ação com plano de revitalização
Na semana passada, o UOL teve acesso aos vídeos feitos por funcionários mostrando alas que tinham passado por reforma.
Entretanto, o MP-RJ (Ministério Público do Rio) informou ter ajuizado ação civil pública, já em fase de execução, determinando um plano de revitalização por causa do precário funcionamento da unidade.
Em novembro, em reunião com a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção ao Idoso da Capital, a SES informou a interdição da unidade intensiva feita pela Vigilância Sanitária devido a irregularidades. A Defensoria Pública e o Coren-RJ (Conselho Regional de Enfermagem do Rio) também acompanham os desdobramentos do caso.
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