Brasil supera 3.000 mortes por covid-19 em 24 h pela 1ª vez na pandemia
O Brasil registrou nas últimas 24 horas 3.158 mortes por covid-19 e estabeleceu novos recordes. Esta é a primeira vez que o número de óbitos pela doença fica acima de 3.000 em toda a pandemia. Até então, a pior marca havia sido 2.798 mortes, em 16 de março.
A média móvel ficou em 2.349 mortes, sendo o 25º dia consecutivo de recorde. O país soma 298.843 óbitos deve alcançar amanhã a marca de 300 mil. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.
Hoje ainda completa-se uma semana da média móvel de mortes acima de 2.000. São 22 dias seguidos em que são contabilizados mais de 1.000 mortes em 24 horas e 62 dias com média móvel acima de 1.000.
Apenas a região Norte está estável na média de mortes, com 4% de variação na comparação com 14 dias atrás. Todos as outras regiões apresentam aceleração, sendo: Nordeste (25%), Centro-Oeste (65%), Sudeste (64%) e Sul (38%).
Vinte unidades da federação, incluindo o Distrito Federal, apresentam alta no índice. Dois estados estão em queda e cinco estão estáveis.
Foram registrados 84.921 novos casos nas últimas 24 horas, chegando a um total de 12.136.540 infectados.
São Paulo bateu recordes de mortes
Só o estado de São Paulo foi responsável por quase um terço dos óbitos, sendo registradas 1.021 mortes. Este é o pior número para o estado em toda a pandemia. A maior marca até então fora registrada em 16 de março, com 679 óbitos.
Segundo o governo, o número de hoje "inclui dados cumulativos deste final de semana, considerando que houve média de 94 cadastros por dia entre domingo (21) e segunda (22)".
Os outros estados com maior número de óbitos nas últimas 24 horas foram Rio Grande do Sul (342), Paraná (311), Santa Catarina (182) e Ceará (178).
O Brasil em números
Na primeira onda:
Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
Maior período com média acima de mil: 31 dias
Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)
Na segunda onda:
Maior número de mortes em 24 h: 3.158 (23/3)
Maior média móvel de óbitos: 2.349 (23/3)
Maior período com média acima de mil: 62 dias
Maior número de óbitos em uma semana: 15.640 (de 14/3 a 20/3)
As 27 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 27 dias. As dez mais altas são as seguintes:
- 23 de março - 2.349
- 22 de março - 2.298
- 21 de março - 2.255
- 20 de março - 2.234
- 19 de março - 2.178
- 18 de março - 2.096
- 17 de março - 2031
- 16 de março - 1.976
- 15 de março - 1.855
- 14 de março - 1.832
Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram em uma semana (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):
- 23 de março - 3.158
- 16 de março - 2.798
- 17 de março - 2.736
- 19 de março - 2.730
- 18 de março - 2.659
Dados da Saúde
O Ministério da Saúde também registrou mais de 3 mil mortes. Em boletim divulgado nesta terça-feira (23), a pasta informou que foram reportados 3.251 óbitos causados pela doença entre ontem e hoje.
Até então, pelos números do ministério, o recorde havia sido verificado no último dia 16, com 2.841 vítimas. Desde o início da pandemia, a covid-19 causou a morte de 298.676 pessoas no Brasil.
De acordo com a pasta, foram confirmados 82.493 novos casos da doença nas últimas 24 horas, elevando o total de infectados para 12.130.019 desde o começo da pandemia.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: aceleração (61%)
- Minas Gerais: aceleração (48%)
- Rio de Janeiro: aceleração (67%)
- São Paulo: aceleração (70%)
Região Norte
- Acre: estável (9%)
- Amazonas: queda (-29%)
- Amapá: aceleração (129%)
- Pará: estabilidade (14%)
- Rondônia: estabilidade (6%)
- Roraima: queda (-43%)
- Tocantins: aceleração (95%)
Região Nordeste
- Alagoas: aceleração (47%)
- Bahia: aceleração (27%)
- Ceará: estabilidade (-0%)
- Maranhão: estabilidade (-12%)
- Paraíba: aceleração (32%)
- Pernambuco: aceleração (66%)
- Piauí: estabilidade (24%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (62%)
- Sergipe: aceleração (127%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (211%)
- Goiás: aceleração (26%)
- Mato Grosso: aceleração (94%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (63%)
Região Sul
- Paraná: aceleração (26%)
- Rio Grande do Sul: aceleração (51%)
- Santa Catarina: aceleração (33%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
"Você utiliza a Alexa? O UOL fornece informações à inteligência artificial por voz da Amazon, com boletins de notícias e dados atualizados do número de brasileiros vacinados contra a covid-19. Para saber sobre a vacinação no país ou no seu estado com a credibilidade do UOL, pergunte: "Alexa, quantas pessoas já foram vacinadas no Brasil?", por exemplo, ou "Alexa, quantas pessoas foram vacinadas?". Nos encontramos lá!"
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