Não adianta botar máscara se a política genocida permanece, diz Flávio Dino
Do UOL, em São Paulo
23/03/2021 14h11
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou a palavra "política genocida" ao fazer um comentário sobre o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
Dino não fez referências diretas, mas na postagem disse que "não adianta botar máscara na cara ou usar uma retórica mascarada se a política genocida permanece a mesma."
Não adianta botar máscara na cara ou usar uma retórica mascarada se a política genocida permanece a mesma.
-- Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) March 23, 2021
Flávio Dino tem sido um crítico recorrente da política do Governo Federal em relação à pandemia. Recentemente, o governador do Maranhão disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "é o melhor amigo e aliado do coronavírus no Brasil."
Depois de adotar um discurso com críticas a medidas sanitárias recomendadas por especialistas como o uso de máscara, Bolsonaro passou a usar o equipamento de proteção. Ele também mudou o discurso em relação a vacinas, incentivando a imunização depois de por meses fazer críticas e ressalvas a potenciais candidatas, como a CoronaVac.
O presidente ainda se opõe a medidas restritivas mais severas para controlar a transmissão do novo coronavírus no Brasil, como é recomendado pelos principais epidemiologistas. A postura tem gerado críticas de opositores, que cobram uma coordenação nacional para o combate da doença no Brasil.
Ontem, o Brasil bateu pelo 24º dia consecutivo o recorde na média móvel de mortes pela covid-19 (2.298 óbitos) e ultrapassou os 12 milhões de infectados pelo coronavírus.
Palavra genocida gera polêmica
O uso da palavra "genocida" gerou polêmica na semana passada, quando o influenciador digital Felipe Neto foi intimado pela Polícia Civil a depor em uma investigação de "crime contra a segurança nacional" após o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), um dos filhos do presidente, abrir notícia-crime. O youtuber chamou Bolsonaro de genocida.
Três dias depois de ser intimado, uma liminar na Justiça do Rio suspendeu a investigação contra o youtuber. A decisão judicial, que aceitou os argumentos apresentados pela defesa do influenciador digital, entendeu que a DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) não possui atribuição legal para investigar os supostos crimes.
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