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Brasil tem média de mortes acima de 3 mil pelo segundo dia seguido

Do UOL, em São Paulo

02/04/2021 18h16Atualizada em 02/04/2021 22h30

O Brasil registrou mais uma vez a média de mortes acima dos 3 mil óbitos nesta sexta-feira (2). Só na última semana, 3.006 pessoas morreram em média no Brasil em decorrência da covid-19. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

Mesmo com uma leve queda no número de mortes nas últimas 24 h, se comparado com os três últimos dias, o país registrou 2.807 óbitos, o que mantém a escalada de 72 dias com mais de mil pessoas morrendo no país. O total de vítimas da pandemia é atualmente de 328.366.

Apenas em 2021, mais brasileiros morreram por conta da infecção do que o número de vítimas no Reino Unido em toda a pandemia. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, referência nos dados da covid-19 no mundo, só três países tiveram mais mortes em toda a pandemia do que o Brasil teve só neste ano. São eles: EUA (553.402), México (203.210) e Índia (162.927).

Nas últimas 24 horas, foram registrados 69.662 novos casos de covid-19, chegando a um total de 12.912.379 pessoas já infectadas. Os dados não indicam quando as mortes e a confirmação dos casos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases de dados dos estados.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 2.922 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 328.206 óbitos provocados pela doença.

É o quarto maior número de vítimas já computado pelo ministério em um intervalo de 24 horas. O recorde (3.869) foi verificado na última quarta (31); já a terça-feira (30) apresentou a segunda marca mais alta (3.780).

De ontem para hoje, pelos números da pasta, houve 70.238 casos confirmados de covid-19 no país. O total de infectados subiu para 12.910.082 desde março de 2020, dos quais 11.276.628 pessoas se recuperaram, com outras 1.305.248 em acompanhamento.

A pandemia nos estados

Três regiões do país apresentam números em aceleração: Centro-Oeste (31%), Nordeste (25%) e Sudeste (78%). Norte (-4%) e Sul (-5%) se mantiveram estáveis. No geral, o Brasil apresenta aceleração de 35% na variação de 14 dias.

São 14 estados e o DF com alta nos registros, enquanto nove apresentam estabilidade e outros três estão em queda (AC, AM e RR).

Nove estados e mais o Distrito Federal reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 3.052:

  • São Paulo - 837
  • Minas Gerais - 332
  • Rio Grande do Sul - 269
  • Rio de Janeiro - 209
  • Paraná - 178
  • Ceará - 142
  • Bahia - 116
  • Santa Catarina - 115
  • Goiás - 108

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (93%)
  • Minas Gerais: aceleração (85%)
  • Rio de Janeiro: aceleração (105%)
  • São Paulo: aceleração (70%)

Região Norte

  • Acre: queda (-7%)
  • Amazonas: queda (-49%)
  • Amapá: aceleração (37%)
  • Pará: estabilidade (8%)
  • Rondônia: estabilidade (4%)
  • Roraima: queda (-29%)
  • Tocantins: aceleração (28%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (15%)
  • Bahia: estabilidade (-3%)
  • Ceará: aceleração (75%)
  • Maranhão: aceleração (31%)
  • Paraíba: aceleração (17%)
  • Pernambuco: aceleração (35%)
  • Piauí: aceleração (37%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (5%)
  • Sergipe: estabilidade (6%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (106%)
  • Goiás: estável (-3%)
  • Mato Grosso: aceleração (36%)
  • Mato Grosso do Sul: aceleração (53%)

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (-7%)
  • Rio Grande do Sul: estabilidade (-2%)
  • Santa Catarina: estabilidade (-6%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.