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Com 3.733 óbitos em 24 h, Brasil ultrapassa 340 mil mortes pela covid-19

Ana Caratchuk, Thaís Augusto e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

07/04/2021 18h23Atualizada em 07/04/2021 20h44

Nos últimos sete dias, morreram, em média, 2.744 pessoas em decorrência da covid-19 no país. Este é o 77º dia consecutivo em que o índice fica acima de mil, no momento que já é considerado o pior de toda a pandemia no país. Isso se confirma pela variação na média de 14 dias atrás, que hoje é de 21%, indicando que a curva de óbitos segue em ascensão.

Entre ontem e hoje, foram confirmados 3.733 óbitos. Com a progressão, o número total de mortes em toda a pandemia é de 341.097.

Assim, este é o terceiro dia com mais novas mortes diárias por covid-19. O dia mais letal foi ontem, com 4.211 mortes confirmadas num intervalo de 24 horas. O segundo foi em 31 de março, quando morreram 3.950 pessoas. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nos dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde.

A quantidade de novos casos de covid-19 também não para de subir. De ontem para hoje, foram 90.973 testes positivos, chegando a um total de 13.197.031 pessoas já infectadas. O índice de novos infectados confirmados em 24 h só não é pior do que a observada em 25 de março, quando o número foi de 97.586.

Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

Já de acordo com os dados do governo federal, foram confirmadas 3.829 novas mortes, o que eleva para 340.776 o total de óbitos causados pela doença desde o ano passado. Pelos números do ministério, esta é a terceira maior marca computada desde março de 2020. O recorde foi verificado ontem (6), com 4.195 vítimas em um intervalo de 24 horas. Em 31 de março, houve 3.869 óbitos.

De ontem para hoje, de acordo com a pasta, foram reportados 92.625 testes positivos para o novo coronavírus — a segunda maior marca em toda pandemia, atrás apenas do recorde estabelecido em 25 de março (100.158). Com isso, o total de infectados subiu para 13.193.205, dos quais 11.664.158 já se recuperaram da doença, com outras 1.188.271 em acompanhamento.

A pandemia nos estados

Três regiões do país apresentam números em estabilidade: Norte (-3%), Nordeste (7%) e Sul (-10%). Centro-Oeste (28%) e Sudeste (52%) estão em aceleração. No geral, o Brasil apresenta aceleração de 21% na variação de 14 dias.

São 9 estados e o DF com alta nos registros, enquanto quinze apresentam estabilidade e outros dois estão em queda.

Sete estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Nestes locais, o total de vítimas soma 2.738:

  • São Paulo - 889
  • Minas Gerais - 508
  • Paraná - 433
  • Rio Grande do Sul - 243
  • Rio de Janeiro - 242
  • Goiás - 234
  • Bahia - 189

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: aceleração (43%)
  • Minas Gerais: aceleração (55%)
  • Rio de Janeiro: aceleração (79%)
  • São Paulo: aceleração (44%)

Região Norte

  • Acre: estabilidade (-8%)
  • Amazonas: estabilidade (-12%)
  • Amapá: estabilidade (4%)
  • Pará: estabilidade (10%)
  • Rondônia: estabilidade (-15%)
  • Roraima: estabilidade (-14%)
  • Tocantins: estabilidade (-4%)

Região Nordeste

  • Alagoas: estabilidade (6%)
  • Bahia: estabilidade (-13%)
  • Ceará: aceleração (21%)
  • Maranhão: aceleração (28%)
  • Paraíba: estabilidade (9%)
  • Pernambuco: aceleração (26%)
  • Piauí: estabilidade (13%)
  • Rio Grande do Norte: estabilidade (-2%)
  • Sergipe: estabilidade (6%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: aceleração (50%)
  • Goiás: estabilidade (12%)
  • Mato Grosso: aceleração (24%)
  • Mato Grosso do Sul: aceleração (50%)

Região Sul

  • Paraná: estabilidade (3%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-16%)
  • Santa Catarina: queda (-15%)

O Brasil em números

Na primeira onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 1.554 (19/7)
  • Maior média móvel de óbitos: 1.097 (25/7)
  • Maior período com média acima de mil: 31 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 7.679 (de 19/7 a 25/7)

Na segunda onda:

  • Maior número de mortes em 24 h: 4.211 (6/4)
  • Maior média móvel de óbitos: 3.119 (1/4)
  • Maior período com média acima de mil: 76 dias
  • Maior número de óbitos em uma semana: 19.603 (de 28/3 a 3/4)

As 40 maiores médias móveis de mortes por covid-19 no Brasil ocorreram nos últimos 40 dias. As dez mais altas são as seguintes:

  • 1 de abril - 3.119
  • 2 de abril - 3.006
  • 31 de março - 2.971
  • 3 de abril - 2.800
  • 6 de abril - 2.775
  • 4 de abril - 2.747
  • 7 de abril - 2.744
  • 30 de março - 2.728
  • 5 de abril - 2.698
  • 29 de março - 2.655

Os cinco dias com maior número de mortes em toda a pandemia ocorreram nos últimos 9 dias (os números não indicam quando os óbitos ocorreram de fato, mas, sim, quando passaram a contar dos balanços oficiais):

  • 6 de abril - 4.211
  • 31 de março - 3.950
  • 7 de abril - 3.733
  • 1 de abril - 3.673
  • 30 de março - 3.668

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.