Prefeito da Araraquara foi ameaçado de morte, mas exalta lockdown: 'Ajudou'
Após a adoção de um lockdown de dez dias, a cidade de Araraquara, localizada no interior de São Paulo, zerou o número de mortes pela covid-19 e as filas de pacientes aguardando por leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).
O prefeito da cidade, Edinho Silva (PT) relatou em entrevista à CNN hoje que foi alvo de ameaças de morte após estabelecer medidas restritivas, mas alega que a medida foi necessária para conseguir controlar a pandemia na região.
"De fato, lockdown é uma medida dura que nenhum governante gosta de adotar. É uma medida tomada quando não tem nenhuma alternativa, mas ela tem nos ajudado muito na gestão da pandemia e os dados são inegáveis", explicou o prefeito.
Segundo informações repassadas pelo gestor municipal ao vivo, Araraquara está há 32 dias sem nenhum paciente aguardando leitos. A cidade também teve uma queda de 83% dos pacientes durante a quarentena, e uma queda de 75% de óbitos por semana, além de uma redução de 45% no envio das amostras positivas para covid-19 aos laboratórios.
Ao ser questionado sobre as regras adotadas para que a população seguisse o lockdown, Edinho explicou que os munícipes foram colaborativos, apesar de pequenos grupos terem sido contrários e realizarem ameaças.
"Tive sim problemas, mas de grupos minoritários. Minha secretária foi ameaçada, eu fui ameaçado de morte, registrei queixa mas não deixei de fazer meu trabalho como prefeito porque, majoritariamente, a cidade tem demonstrado apoio com as nossas medidas"
Com os resultados positivos gerados pela ampliação de restrições em Araraquara, o município conseguiu receber pacientes de outros estados. Hoje, do número total de internados com covid-19 na cidade, apenas 29% dos leitos de enfermaria e 25% dos leitos de UTI são ocupados por moradores da região.
Araraquara também registrou dois dias seguidos sem mortes geradas pela covid-19.
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