Com média de 2.543 mortes diárias, Brasil registra 2.070 óbitos em 24 h
Entre ontem e hoje, 2.070 novos óbitos em decorrência da covid-19 foram registrados no Brasil, elevando o total de mortes causadas pela doença a 383.757. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Nos últimos sete dias, morreram, em média, 2.543 pessoas por dia por conta da infecção pelo novo coronavírus. Este é o 92º dia consecutivo com média móvel acima de mil. Há mais de um mês o índice tem se mantido acima de 2.000.
Os dados de hoje revelam uma oscilação maior do que a que costuma ser observada diariamente. O estado de São Paulo, por exemplo, registrou ontem 977 óbitos, enquanto hoje o número ficou em 183. Outro estado que apresentou grande diferença foi o Rio Grande do Sul, que teve ontem 175 mortes e hoje 62. As notificações que fogem aos padrões são consequência de defasagens históricas nos dados do início da semana por conta dos plantões nas secretarias de saúde aos sábados, domingos e feriados.
Desde o início do ano passado, 14.172.139 de pessoas já foram contaminados pelo novo coronavírus, 50.023 desses oficializados na noite desta quinta. Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Nos balanços do governo federal, por sua vez, foram incluídas 2.027 novas mortes nas últimas 24 horas, o que totaliza 383.502 óbitos. Além disso, foram 45.178 novos casos confirmados. Assim, o total de infectados atingiu 14.167.973, dos quais 12.673.785 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.110.686 em acompanhamento.
A pandemia nos estados
Quatro regiões do país apresentam queda na variação da média móvel de mortes: Centro-Oeste (-20%), Nordeste (-17%), Sudeste (-16%) e Sul (-26%). A região Norte, por sua vez, está em aceleração, com 39%. No geral, o Brasil apresenta um índice considerado estável, de -13%, na variação de 14 dias.
São onze estados com estabilidade nos registros, enquanto dois apresentam alta e outros treze estados e o DF estão em queda.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estabilidade (5%)
- Minas Gerais: estabilidade (12%)
- Rio de Janeiro: estabilidade (6%)
- São Paulo: queda (-18%)
Região Norte
- Acre: aceleração (39%)
- Amazonas: queda (-23%)
- Amapá: queda (-19%)
- Pará: aceleração (60%)
- Rondônia: estabilidade (0%)
- Roraima: estabilidade (-10%)
- Tocantins: queda (-19%)
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (-1%)
- Bahia: estabilidade (-8%)
- Ceará: queda (-23%)
- Maranhão: estabilidade (-7%)
- Paraíba: queda (-23%)
- Pernambuco: estabilidade (-4%)
- Piauí: queda (-23%)
- Rio Grande do Norte: queda (-18%)
- Sergipe: estabilidade (9%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-17%)
- Goiás: estabilidade (-13%)
- Mato Grosso: queda (-31%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-19%)
Região Sul
- Paraná: queda (-40%)
- Rio Grande do Sul: queda (-38%)
- Santa Catarina: queda (-32%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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