Antes do fim, abril de 2021 torna-se o mês mais letal da pandemia no Brasil
Faltando 6 dias para acabar, abril de 2021 se tornou hoje (24) o mês mais letal da pandemia no Brasil: nos 24 dias decorridos, foram registrados 67.723 óbitos por covid-19 no país.
Com os dados compilados hoje pelo consórcio de veículos imprensa do qual o UOL faz parte, o Brasil soma quase 390 mil óbitos por covid-19 — desse total, 17% foram registrados neste mês.
Em média, nos últimos sete dias, 2.531 pessoas morreram por complicações da doença no país. Este é o 94º dia consecutivo com média móvel acima de mil. Há 39 dias, desde 17 de março, o índice se mantém acima de 2.000.
Apenas nas últimas 24 horas, foram confirmados 69.302 casos do novo coronavírus. Com isso, o país chegou a um total de 14.307.412 diagnósticos de covid-19 desde o início da pandemia. Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Até agora, o mês passado tinha registrado o maior número de vítimas, com 66.868 mortes em decorrência do novo coronavírus em 31 dias. Antes disso, o recorde era de julho de 2020, com 32.912 mortes.
Abril de 2021 também é o quinto mês consecutivo em que o número de mortos supera o do mês anterior:
Ministério registra mais de 3 mil mortes
O Ministério da Saúde divulgou neste sábado (24) que o Brasil registrou 3.076 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve um total de 389.492 óbitos provocados pela doença.
Pelos números do ministério, houve 71.137 diagnósticos positivos para o novo coronavírus no país entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 14.308.215 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 12.766.772 pessoas se recuperaram da doença até o momento no país, com outras 1.151.951 em acompanhamento.
Vacinação
Hoje, o Brasil também chegou à marca de 28,9 milhões de vacinados contra a covid-19. Até o momento, 28.969.324 pessoas receberam ao menos uma dose de vacina contra a doença, o correspondente a 13,68% da população nacional.
No total, 12.499.298 pessoas receberam as duas doses de imunizantes, conforme recomendação dos laboratórios responsáveis pela produção da CoronaVac e da Oxford/AstraZeneca. O número equivale a apenas 5,9% da população do país.
O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, baseado nas informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.
Entre ontem e hoje, 204.067 brasileiros receberam a primeira dose de vacina. No mesmo período, a segunda dose foi aplicada em outros 237.036.
A pandemia nos estados
Quatro regiões do país apresentam queda na variação da média móvel de mortes: Centro-Oeste (-19%), Nordeste (-44%), Sudeste (-65%) e Sul (-23%). A região Norte, por sua vez, está em aceleração, com 136%. No geral, o Brasil apresenta um índice considerado de queda, de -19%, na variação de 14 dias.
São oito estados com estabilidade nos registros, enquanto dois apresentam alta e outros 16 estados e o DF estão em queda.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: estabilidade (-1%)
- Minas Gerais: estabilidade (-13%)
- Rio de Janeiro: estabilidade (-2%)
- São Paulo: queda (-25%)
Região Norte
- Acre: aceleração (37%)
- Amazonas: queda (-22%)
- Amapá: queda (-39%)
- Pará: aceleração (35%)
- Rondônia: estabilidade (-7%)
- Roraima: queda (-34%)
- Tocantins: queda (-33%)
Região Nordeste
- Alagoas: estabilidade (-4%)
- Bahia: queda (-16%)
- Ceará: queda (-25%)
- Maranhão: queda (-16%)
- Paraíba: queda (-20%)
- Pernambuco: estabilidade (-8%)
- Piauí: queda (-25%)
- Rio Grande do Norte: estabilidade (-15%)
- Sergipe: estabilidade (4%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-22%)
- Goiás: estabilidade (-14%)
- Mato Grosso: queda (-25%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-22%)
Região Sul
- Paraná: queda (-34%)
- Rio Grande do Sul: queda (-25%)
- Santa Catarina: queda (-30%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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