Com novas 1.018 mortes, Brasil completa uma semana de estabilidade na média
O Brasil registrou hoje 1.018 novas mortes por covid-19, elevando o total para 423.436 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, o país completa uma semana com tendência de estabilidade na média móvel, ainda que com registros diários elevados.
A média móvel de mortes continua acima de dois mil pelo 55º dia consecutivo. Hoje, o índice foi de 2.087 óbitos em média nos últimos sete dias. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Os números costumam ser mais baixos às segundas e dias seguidos de feriados, uma vez que há um represamento de dados nas secretarias de saúde devido à redução das equipes de trabalho nos fins de semana e feriados.
Justamente por causa desse represamento, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás — que é o tempo comum de manifestação da doença —. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e entre os dois índices indica tendência de estabilidade.
Com isso, segundo a média móvel dessa segunda-feira, o Brasil teve uma variação de -13% na comparação com duas semanas atrás, o que indica estabilidade.
Apenas um estado apresentou alta na variação da média móvel ao longo dos últimos 14 dias: Roraima. Quinze estados e mais o Distrito Federal registraram queda enquanto outros dez estados apresentaram estabilidade.
Duas regiões tiveram queda: Centro Oeste (-27%) e Norte (-29%). Outras três apresentaram estabilidade: Nordeste (-13%), Sudeste (-10%) e Sul (-6%).
Nesta segunda, foram registrados 31.811 novos casos de covid-19. Desde o começo da pandemia, foram feitos 15.214.030 diagnósticos de coronavírus.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Dados do Ministério da Saúde
Em boletim divulgado nesta segunda-feira (10), o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 889 novas mortes causadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o início da pandemia, houve 423.229 óbitos provocados pela doença.
Pelos números do Ministério, houve 25.200 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país nas últimas 24 horas. O total de infectados subiu para 15.209.990 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 13.759.125 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.027.636 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-20%)
- Minas Gerais: estável (-11%)
- Rio de Janeiro: estável (0%)
- São Paulo: estável (-12%)
Região Norte
- Acre: queda (-20%)
- Amazonas: queda (-33%)
- Amapá: queda (-27%)
- Pará: queda (-35%)
- Rondônia: queda (-23%)
- Roraima: aceleração (25%)
- Tocantins: queda (-22)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-16%)
- Bahia: queda (-20%)
- Ceará: estável (2%)
- Maranhão: estável (-12%)
- Paraíba: estável (-9%)
- Pernambuco: queda (-23%)
- Piauí: estável (-10%)
- Rio Grande do Norte: queda (-40%)
- Sergipe: estável (8%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-18%)
- Goiás: queda (-36%)
- Mato Grosso: queda (-21%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-22%)
Região Sul
- Paraná: estável (7%)
- Rio Grande do Sul: estável (-13%)
- Santa Catarina: queda (-22%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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