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Com novas 1.018 mortes, Brasil completa uma semana de estabilidade na média

A média móvel de mortes continua acima de dois mil. Hoje, o valor referente aos últimos sete dias foi 2.087 - Michael Dantas/AFP
A média móvel de mortes continua acima de dois mil. Hoje, o valor referente aos últimos sete dias foi 2.087 Imagem: Michael Dantas/AFP

Carolina Marins, Douglas Porto, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo

10/05/2021 19h19Atualizada em 10/05/2021 20h53

O Brasil registrou hoje 1.018 novas mortes por covid-19, elevando o total para 423.436 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, o país completa uma semana com tendência de estabilidade na média móvel, ainda que com registros diários elevados.

A média móvel de mortes continua acima de dois mil pelo 55º dia consecutivo. Hoje, o índice foi de 2.087 óbitos em média nos últimos sete dias. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

Os números costumam ser mais baixos às segundas e dias seguidos de feriados, uma vez que há um represamento de dados nas secretarias de saúde devido à redução das equipes de trabalho nos fins de semana e feriados.

Justamente por causa desse represamento, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.

A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás — que é o tempo comum de manifestação da doença —. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e entre os dois índices indica tendência de estabilidade.

Com isso, segundo a média móvel dessa segunda-feira, o Brasil teve uma variação de -13% na comparação com duas semanas atrás, o que indica estabilidade.

Apenas um estado apresentou alta na variação da média móvel ao longo dos últimos 14 dias: Roraima. Quinze estados e mais o Distrito Federal registraram queda enquanto outros dez estados apresentaram estabilidade.

Duas regiões tiveram queda: Centro Oeste (-27%) e Norte (-29%). Outras três apresentaram estabilidade: Nordeste (-13%), Sudeste (-10%) e Sul (-6%).

Nesta segunda, foram registrados 31.811 novos casos de covid-19. Desde o começo da pandemia, foram feitos 15.214.030 diagnósticos de coronavírus.

Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.

Dados do Ministério da Saúde

Em boletim divulgado nesta segunda-feira (10), o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 889 novas mortes causadas pela covid-19 entre ontem e hoje. Desde o início da pandemia, houve 423.229 óbitos provocados pela doença.

Pelos números do Ministério, houve 25.200 diagnósticos positivos para o novo coronavírus em todo o país nas últimas 24 horas. O total de infectados subiu para 15.209.990 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, 13.759.125 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.027.636 em acompanhamento.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal:

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-20%)
  • Minas Gerais: estável (-11%)
  • Rio de Janeiro: estável (0%)
  • São Paulo: estável (-12%)

Região Norte

  • Acre: queda (-20%)
  • Amazonas: queda (-33%)
  • Amapá: queda (-27%)
  • Pará: queda (-35%)
  • Rondônia: queda (-23%)
  • Roraima: aceleração (25%)
  • Tocantins: queda (-22)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-16%)
  • Bahia: queda (-20%)
  • Ceará: estável (2%)
  • Maranhão: estável (-12%)
  • Paraíba: estável (-9%)
  • Pernambuco: queda (-23%)
  • Piauí: estável (-10%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-40%)
  • Sergipe: estável (8%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-18%)
  • Goiás: queda (-36%)
  • Mato Grosso: queda (-21%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-22%)

Região Sul

  • Paraná: estável (7%)
  • Rio Grande do Sul: estável (-13%)
  • Santa Catarina: queda (-22%)

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.