Covid: média de mortes fica abaixo de 2 mil pela 1ª vez após 55 dias
Pela primeira vez em 55 dias, o Brasil registrou uma média móvel de mortes por covid-19 abaixo de 2.000. Foram 1.980 óbitos em média nos últimos sete dias, levando o país a entrar em tendência de queda novamente. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Nas últimas 24 horas foram registradas 2.275 mortes por covid-19 no Brasil. Com isso, o total de óbitos chegou a 425.711. O país também teve 71.018 novos casos hoje. O total de diagnósticos de coronavírus feitos desde o início da pandemia é de 15.285.048.
Os números não representam quando os óbitos e diagnósticos da doença de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Devido ao represamento de dados que ocorre nas secretarias de saúde dos estados durante os fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para se analisar o comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de sete dias corrige essas flutuações nos números e torna possível observar se a doença está crescendo ou caindo no país e nos estados.
A média de hoje é comparada com o índice de 14 dias atrás —que é o tempo comum de manifestação da doença—. Se essa variação fica acima de 15%, há aceleração, abaixo de -15% é desaceleração e entre os dois índices indica tendência de estabilidade.
Com os números de hoje, o Brasil apresentou uma variação de -17% na comparação com duas semanas atrás, o que indica queda. Este é o primeiro dia com tendência de queda após uma semana apresentando estabilidade.
Ainda assim, já são 111 dias em que a média diária de mortes fica acima de mil, indicando que, apesar da queda, os indicadores ainda estão elevados.
Três estados reportaram mais de cem mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas desses locais (1.320) representa mais do que a metade do total de mortes no país registradas hoje:
- São Paulo - 806
- Rio de Janeiro - 328
- Rio Grande do Sul - 186
Ainda assim, nenhum estado apresentou alta na variação da média móvel ao longo dos últimos 14 dias —19 estados e mais o Distrito Federal registraram queda enquanto outros sete estados apresentaram estabilidade.
Das regiões, apenas o Sudeste apresentou estabilidade: (-10%). As demais tiveram tendência de desaceleração: Centro-Oeste (-27%), Nordeste (-20%), Norte (-38%) e Sul (-19%).
Dados do Ministério da Saúde
Nesta terça-feira (11), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil reportou 2.311 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença causou 425.540 óbitos em todo o país.
Pelos dados do ministério, houve 72.715 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje no Brasil. O total de infectados chegou a 15.282.705 desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 13.847.191 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.009.974 em acompanhamento.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-31%)
- Minas Gerais: estável (-13%)
- Rio de Janeiro: estável (2%)
- São Paulo: estável (-10%)
Região Norte
- Acre: queda (-35%)
- Amazonas: queda (-40%)
- Amapá: queda (-29%)
- Pará: queda (-44%)
- Rondônia: queda (-26%)
- Roraima: queda (-19%)
- Tocantins: queda (-32%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-18%)
- Bahia: queda (-17%)
- Ceará: queda (-29%)
- Maranhão: estável (-13%)
- Paraíba: estável (-14%)
- Pernambuco: queda (-26%)
- Piauí: estável (-10%)
- Rio Grande do Norte: queda (-29%)
- Sergipe: estável (8%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-22%)
- Goiás: queda (-29%)
- Mato Grosso: queda (-25%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-30%)
Região Sul
- Paraná: queda (-16%)
- Rio Grande do Sul: queda (-17%)
- Santa Catarina: queda (-28%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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