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Doria pede 'senso de urgência' da Anvisa para aprovação da ButanVac

Do UOL, em São Paulo

19/05/2021 09h09Atualizada em 19/05/2021 12h51

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pediu hoje "senso de urgência" da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aprovação de testes clínicos da ButanVac em humanos, vacina contra a covid-19 que deve ter produção 100% nacional, sem a necessidade da importação de matéria-prima.

"A ButanVac não depende da importação de insumos e tem o princípio de vírus inativo, uma tecnologia da qual o Instituto Butantan tem domínio há 25 anos. A meu ver, o senso de urgência determina que não é razoável seguir protocolos normais diante de uma situação anormal. Estamos vivendo uma tragédia, é preciso ter senso de urgência", afirmou Doria ao UOL News.

Segundo ele, foram produzidas 6,6 milhões de doses da ButanVac até ontem e a previsão é de que, até 30 de julho, sejam 18 milhões de doses. O governo estadual autorizou a produção de até 40 milhões de doses e o cronograma de distribuição da vacina foi recalculado para setembro, data inviável, segundo especialistas entrevistados pelo UOL.

Doria classificou como um "excesso de burocracia" as solicitações da agência reguladora. "Respeito a Anvisa, mas é preciso ter senso de urgência", repetiu.

O governador voltou a comentar sobre o atraso de envio de insumos pela China. Segundo ele, o problema é diplomático e foi criado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo ministro da Economia Paulo Guedes a partir de "declarações nefastas e inadequadas".

Doria e comitê discutem flexibilização em SP

Anteontem, Doria anunciou que São Paulo poderá ter uma nova flexibilização nas medidas de combate à covid-19 a partir do próximo dia 24 de maio, mas médicos do Centro de Contingência do Coronavírus defendem, pelo menos, a manutenção das restrições atuais, como apurou o UOL.

O estado registrou alta nas internações em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) para covid-19 depois de mais de um mês em queda. Dados da Secretaria Estadual de Saúde indicavam, até ontem (18), que a taxa ocupação era de 78,8% —o crescimento foi impulsionado pelo interior.

Atualmente, o estado passa pela fase de transição, que vai até o próximo domingo (23). Nesta etapa, comércio e serviços podem funcionar até as 21h, com capacidade de ocupação de 30%. Também está vigente o toque de recolher entre 21h e 5h.