'Não há outra solução', diz prefeito de Ribeirão Preto sobre restrições
O prefeito de Ribeirão Preto (SP), Duarte Nogueira (PSDB), disse hoje, durante o UOL News, que a decisão de fechar o comércio e interromper o transporte público ocorreu após ser constatado, no último fim de semana, que a taxa de ocupação nos leitos de UTI no município está em 95,61%.
Segundo ele, a decisão foi tomada porque, neste momento, "não há outra solução". A medida restritiva começou a ser aplicada hoje e vai até a próxima segunda-feira (31).
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"Nós estamos fechando hipermercados, mercados, padaria, shoppings, tudo que não for essencialmente necessário como são as clínicas de saúde, veterinária, postos de gasolina, industrias que funcionam no regime sem público para atendimento. O resto vai estar tudo parado inclusive o próprio transporte coletivo, até a próxima segunda, 31 de maio, para que nós possamos nesses 5 dias analisar como fica as curvas epidemiológicas."
O prefeito ressaltou que nenhum governante deseja fazer restrições tão duras de combate à covid-19, mas essa é a única solução no momento para que não haja o colapso do sistema de saúde.
As medidas são duras, difíceis, indigestas. Nenhum governante gosta de tomar esse tipo de medida, mas não há outra solução neste momento se não garantir esse distanciamento físico para que o nível de contágio das pessoas diminua e possamos ter menos pressão na nossa estrutura assistencial porque ela não é infinita."
Duarte Nogueira, prefeito de Ribeirão Preto, ao UOL News
Reforço na saúde do município
Nogueira explicou que foram instaladas estruturas de reservas de gás oxigênio, necessárias ao atendimento de pacientes com covid-19, em todas as unidades de pronto-atendimento do município. Segundo o prefeito, aquelas unidades que já tinham oxigênio tiveram a sua capacidade duplicada.
"No nosso hospital municipal, que atendia 19 leitos de UTI, estão atendendo 39. A intensidade da demanda continua muito forte. Nós temos em Ribeirão Preto acima de 90% da variante P.1 e, ontem, a Unesp identificou na cidade de Porto Ferreira a cepa P.4 e nós não sabemos ainda o grau de letalidade e contaminação que ela pode produzir. Nós estamos em um alerta total e, ao mesmo tempo, muito prudentes para garantir que todo mundo que precisar de leito de UTI ou de respirador artificial possa tê-los sem maiores tragédias na cidade", explicou.
Questionado por Fabíola Cidral, apresentadora do UOL News, Nogueira declarou que não consultou o governo estadual ou mesmo o Ministério da Saúde para tomar a decisão de restringir os serviços no município.
"[Não houve consulta] porque o governo do estado estabeleceu um regime de transição e deixou a cargo das cidades serem mais restritas ou não. Nós estamos sendo mais restritos porque a nossa situação é mais complicada do que me parece a região da capital e a metropolitana."
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