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MS, RJ, RN, RS e SP estão sem AstraZeneca para 2ª dose

Pessoas formam fila para se vacinarem na UBS Dr. Sigmund Freud, zona sul de São Paulo - Rivaldo Gomes/Folhapress
Pessoas formam fila para se vacinarem na UBS Dr. Sigmund Freud, zona sul de São Paulo Imagem: Rivaldo Gomes/Folhapress

Ana Paula Bimbati, Juliana Arreguy e Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

11/09/2021 18h15Atualizada em 11/09/2021 22h19

Cinco estados registram falta da vacina AstraZeneca para segunda dose da imunização contra covid-19. Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul informaram ao UOL que há indisponibilidade do imunizante e aguardam envio de mais doses por parte do Ministério da Saúde.

Na capital paulista, por exemplo, o UOL noticiou ontem que 98% dos postos de vacinação não tinham a AstraZeneca disponível. Ao UOL News, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, informou que a cidade precisa de 340 mil doses para aplicar nas pessoas que estão nas faixas etárias previstas para esta e a próxima semana.

Em nota, a secretaria estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou que recebeu 39% das doses da AstraZeneca referente a uma remessa necessária para até o dia 23 deste mês. "Logo poderá haver alguns municípios com indisponibilidade de estoque para completar o esquema vacinal da sua população neste momento", informou a pasta.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde justificou que "não deve quantitativo de segunda dose das vacinas covid-19 a nenhum estado brasileiro".

"As alterações feitas por estados e municípios no PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19), como descumprir o que foi pactuado em reunião tripartite (União, estados e municípios), acarretam na falta de doses para completar o esquema vacinal na população brasileira", diz o texto.

Os estados, no entanto, garantem que a Saúde não enviou o número de doses necessárias. O Rio de Janeiro, por exemplo, alega não ter doses estocadas, nem previsão para receber o imunizante.

Atualmente, o país distribui aos estados as vacinas da AstraZeneca, da CoronaVac e da Pfizer. Recentemente, a Fiocruz, responsável pelo primeiro imunizante, não recebeu as quantidades esperadas de novos lotes de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) vindos da China e necessários para fabricar a vacina. Isso teria prejudicado a previsão de envio do ministério aos estados.

Geraldo Resende, secretário estadual de Saúde do Mato Grosso do Sul, confirmou ao UOL, por telefone, que o estado também registra falta do imunizante. De acordo com o responsável pela pasta, são 49.050 doses de AstraZeneca faltantes.

"Cujo aprazamento venceu em 10 de agosto, considerando intervalo de 8 semanas. Caso seja considerado 12 semanas de intervalo, a data prevista para a segunda dose seria em 10 de setembro, ontem", informou Resende. Os demais imunizantes não registraram falta.

A pasta da Saúde do Rio Grande Norte informou que o governo federal tem enviado as doses "sem completar integralmente o quantitativo para segunda dose" e também não recebeu previsão para chegada de novas doses.

Para "garantir o esquema vacinal completo", o governo estadual de São Paulo e do Rio de Janeiro decidiram vacinar com a Pfizer aqueles que receberam AstraZeneca e estão com o cronograma vacinal atrasado.

O estado paulista tomou a decisão ontem, já os municípios cariocas têm autorização para fazer a intercambialidade desde agosto caso ocorra a falta da AstraZeneca. Caso não receba as doses necessárias, o Mato Grosso do Sul também irá autorizar a aplicação da Pfizer.

São Paulo aponta que o Ministério da Saúde deixou de enviar quase 1 milhão de doses ao estado neste mês.

Os estados do Amazonas, Bahia, Pará, Mato Grosso, Sergipe, Minas Gerais, Tocantins e o Distrito Federal informaram que não registram falta do imunizante.

Já os demais estados não responderam aos questionamentos até o fechamento da reportagem. O espaço fica aberto para atualização.