Butantan conclui entrega de 100 milhões de doses de CoronaVac à Saúde
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), informou hoje que o Instituto Butantan concluiu a entrega das 100 milhões de doses da CoronaVac que haviam sido compradas pelo Ministério da Saúde. O instituto, que produz o imunizante junto à chinesa Sinovac, confirmou o envio de um lote de 5,1 milhões de unidades nesta tarde.
A entrega foi feita com 15 dias de atraso em relação ao prometido por Doria. Contrato com a Saúde previa o enviou do segundo lote contratado pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), um total de 54 milhões, até 30 de setembro, mas desde junho o governo paulista garantia o envio total até 30 de agosto.
A conclusão da entrega foi anunciada de surpresa. Geralmente, o governo paulista realiza eventos no Instituto Butantan para marcar os envios. À imprensa, chegou a ser divulgada uma coletiva para a última segunda (13), com a presença de governadores de outros estados, mas acabou adiada para a próxima quarta (22). Hoje, Doria abriu a coletiva semanal com o anúncio.
"Quase 40% de todos os brasileiros tomaram a CoronaVac no braço, inclusive eu", disse Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, nesta tarde.
Ao todo, o Butantan enviou 6,9 milhões de doses da CoronaVac ao ministério: 5,1 milhões para o contrato final e outras 1,8 milhão para a reposição das doses suspensas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no início de setembro, conforme anunciado ontem.
No comunicado de ontem, no entanto, o governo havia informado que as 6,9 milhões seriam de reposição, e não para concluir o contrato.
Reposição das doses suspensas
No último dia 4, a agência suspendeu a distribuição de 25 lotes da vacina por não ter inspecionado a fábrica da Sinovac na China em que as doses foram envasadas. No total, a decisão afetou 21 milhões de doses, sendo que 12 milhões já haviam sido encaminhadas ao Ministério da Saúde e outras 9 milhões estavam em processo de envio.
O estado de São Paulo correu então para liberar as doses represadas, mas, segundo a agência, os documentos apresentados eram insuficientes. Segundo a equipe de Doria, serão remetidas 8 milhões de doses ao PNI para a reposição e agilização. O governo paulista ainda espera que as doses sejam liberadas.
"Essas vacinas quarentenas são vacinas com qualidade atestada pela China. Não se discute a qualidade da vacina. Esse procedimento de quarentena trata-se de regularização documental do local de fabricação na China. O que importa é que as vacinas sejam aplicadas o mais rápido possível", argumentou Dimas Covas, diretor do instituto.
O Ministério da Saúde anunciou a compra das 100 milhões de doses no dia 7 de janeiro deste ano, após um período de polêmicas envolvendo a vacina, produzida pelo Instituto Butantan.
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