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Novo coordenador do PNI defende vacinação de adolescentes contra covid-19

Ricardo Gurgel, escolhido para a chefia do PNI, é pediatra e professor da UFS - Divulgação/Governo do Sergipe
Ricardo Gurgel, escolhido para a chefia do PNI, é pediatra e professor da UFS Imagem: Divulgação/Governo do Sergipe

Do UOL, em São Paulo

06/10/2021 15h13

O novo coordenador do PNI (Programa Nacional de Imunizações), o pediatra Ricardo Queiroz Gurgel, defendeu a vacinação de adolescentes contra a covid-19. Ele também garantiu que não há conflitos quanto ao tema no Ministério da Saúde.

"Eu faço parte do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria e nós soltamos uma nota recomendando a vacinação e isso já foi revertido. O ministério já recomenda que seja feito. Então, isso não é problema. Não tem nenhum conflito em relação a isso", disse, em entrevista ao jornal O Globo.

O tema foi centro de debates após a pasta orientar a suspensão da imunização para este público. A decisão foi muito criticada por especialistas, governadores e prefeitos, e o governo acabou voltando atrás, passando a recomendar novamente a vacinação de adolescentes de 12 e 17 anos sem comorbidades.

Gurgel também explicou que, apesar de ter certa participação no que tange a vacinação contra a covid-19, a imunização relacionada à doença está sob a coordenação da Secretaria Extraordinária de enfrentamento à Covid-19.

Coordenador quer restabelecer cobertura vacinal

Nomeado hoje, Gurgel, que é especialista na área de imunização, disse que sua principal missão à frente do PNI será aumentar a cobertura vacinal de várias doenças no Brasil. Entre elas, ele citou o sarampo, coqueluxe, tétano e difiteria.

"Por conta das baixas coberturas, começou a ter sarampo novamente (no Brasil), há dez anos que não tinha. Teve sarampo na Venezuela e veio tudo para cá, porque as pessoas não estavam protegidas. Teve sarampo na Europa e aí teve casos no Brasil. A cobertura vacinal precisa ser recomposta. Acho que essa é a minha principal missão no PNI", explicou.

Segundo ele, a situação que não estava boa há algum tempo piorou durante a pandemia, agravando o quadro e aumentando a preocupação com o reaparecimento de doenças que estavam controladas. Para o médico, o objetivo é "voltar a ter coberturas próximas de 90% ou acima de 90%".