Após 3 meses, Queiroga escolhe pediatra para chefiar programa de imunização
Após três meses de espera, o Ministério da Saúde definiu quem será o novo coordenador do PNI (Programa Nacional de Imunizações). O escolhido é o pediatra Ricardo Queiroz Gurgel, professor da UFS (Universidade Federal de Sergipe). A nomeação de Gurgel foi publicada hoje no Diário Oficial da União.
Responsável por organizar e implementar as ações de vacinação no país, o PNI está sem chefia desde o dia 7 de julho, apesar da pandemia. Após a saída da titular anterior, Francieli Fantinato, o cargo foi ocupado interinamente por uma assessora técnica do setor.
Fantinato, que falou à CPI da Covid um dia depois de pedir exoneração, afirmou aos senadores que a campanha de vacinação contra a covid sofreu com falta de doses e ausência de uma campanha publicitária efetiva. Fantinato contou que deixou a chefia do PNI, que ocupava desde 2019, devido à politização em torno das vacinas.
Formado em medicina pela UFS em 1981, Gurgel é mestre e doutor em saúde da criança e do adolescente pela USP (Universidade de São Paulo). Segundo seu currículo lattes, ele coordena um estudo clínico do Instituto Butantan que avalia a aplicação da vacina tetravalente contra a dengue.
Crise na cobertura vacinal
Ao UOL Gurgel disse ter sido convidado por servidores do ministério, há cerca de três semanas, para assumir o cargo. O principal desafio à frente do PNI, segundo ele, será reverter a queda na cobertura vacinal no país, que caiu ao nível dos anos 1980 durante a pandemia.
"Funcionários do ministério me procuraram dizendo que queriam alguém ligado à academia, com experiência em pesquisas com vacinas e com formação decididamente vinculada à defesa do PNI", disse Gurgel.
Eu, como pediatra e pesquisador, me senti apto a desenvolver o trabalho técnico que me foi proposto. Com a finalidade principal de resgatar as coberturas do calendário de vacinação de crianças e de adultos"
Ricardo Queiroz Gurgel, pediatra e professor da UFS
A parcela da população imunizada contra infecções como tuberculose e sarampo, que vem em queda desde 2015, caiu em ritmo ainda mais acelerado a partir de 2019. A poliomielite, por exemplo, viu a cobertura cair de 98%, em 2015, para 76% no ano passado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.