Rio prevê desobrigar uso de máscara ao ar livre a partir da próxima semana
O secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse hoje que a prefeitura da capital fluminense trabalha com a expectativa de dispensar a obrigatoriedade do uso de máscara em locais abertos a partir da próxima terça-feira (26).
"Cada dia mais a gente está tendo mais segurança das nossas medidas de abertura, e cada dia mais nós podemos voltar um pouco mais a viver com normalidade", disse Soranz em entrevista ao "Bom Dia Rio", programa da TV Globo.
A previsão do secretário está atrelada a uma outra: a de que, também na terça-feira (26), o Rio alcançará a marca de ter imunizado, com as duas doses contra a covid-19 ou com a dose única, no caso da vacina da Janssen, o equivalente a 65% da população carioca.
Atualmente, o Rio já aplicou a segunda dose contra o novo coronavírus ou a dose única da Janssen em uma porcentagem equivalente a 61,3% da população do município, segundo dados de um painel da prefeitura.
Ainda assim, na entrevista ao telejornal da TV Globo, Soranz pontuou que, caso a previsão se concretize, as máscaras apenas deixarão de ser obrigatórias em locais abertos e que, quem não se sentir à vontade, poderá continuar utilizando o equipamento ao ar livre.
"A gente vai fazer isso com muita cautela, utilizando os melhores dados científicos para nós possamos, aos poucos, retomar aquilo que a gente perdeu nesse momento tão difícil que foi a pandemia da covid-19", afirmou o secretário de Saúde do Rio.
A prefeitura avalia desde o início de outubro possibilidade de desobrigar o uso de máscaras em ambientes externos da capital fluminense, o que gerou críticas de parte dos especialistas.
Na ocasião, o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) citou uma ata do Comitê Científico da Prefeitura, que tem a previsão de que, com 65% da população com esquema vacinal completo, haverá desobrigação no uso de máscaras em locais abertos sem aglomeração, mantendo sua utilização obrigatória onde não se consiga manter o distanciamento.
A possível mudança foi criticada por especialistas da área da saúde ouvidos pelo UOL. "Esse é um vírus que surfa nas oportunidades. E o que a gente tem que fazer é não dar oportunidade", disse Flávio Guimarães da Fonseca, presidente da SBV (Sociedade Brasileira de Virologia) e virologista da UFMG (Universidade Federal de Minais Gerais).
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