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Média de mortes pela covid fica abaixo de 270 no Brasil após um ano e meio

Brasil superou a marca das 608 mil mortes provocadas pela covid-19, de acordo com a covid-19 - Lucas Silva/Agif
Brasil superou a marca das 608 mil mortes provocadas pela covid-19, de acordo com a covid-19 Imagem: Lucas Silva/Agif

Nathan Lopes e Ricardo Espina

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo

02/11/2021 18h45Atualizada em 02/11/2021 20h28

O Brasil encerra o feriado com mais um indicador de melhora nos números da pandemia. Hoje, o país registrou uma média móvel abaixo de 270 óbitos pela primeira vez desde o final de abril de 2020.

De acordo com dados obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de Saúde, foram registrada 164 mortes entre ontem e hoje, e a média ficou em 261 óbitos. Essa é a menor média desde 26 de abril de 2020, quando ela foi de 258 óbitos.

No sábado (30), o recorde foi sobre a média móvel mais baixa em 18 meses. No domingo (31), o Brasil fechou outubro como o mês com menos mortes por covid-19 desde abril de 2020. E ontem (1º) o país teve uma média abaixo de 300 mortes pela primeira vez desde o quarto mês do ano passado.

A melhora dos números não significa que a pandemia acabou. Para combater o vírus, ainda são necessárias a utilização de máscara e a vacinação contra a covid-19.

O índice de hoje é -31% menor que o número de 14 dias atrás, o que aponta para uma tendência de queda nas mortes do país. A média móvel já está abaixo de 400 há 22 dias e abaixo de 350 desde 23 de outubro.

Com as 164 mortes registradas hoje, o total de óbitos pela doença chegou a 608.118, de acordo com o consórcio.

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Hoje, seis estados não tiveram mortes em decorrência da covid-19. São eles: Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Sergipe.

Houve registro de queda na média móvel de mortes em 20 estados e no Distrito Federal, enquanto três tiveram alta. Outros três registraram estabilidade.

Todas as regiões do país apresentaram queda: Centro-Oeste (-48%), Nordeste (-18%), Norte (-54%), Sudeste (-23%), Sul (-42%)

Desde as 20h de ontem foram registrados 6.383 novos casos de coronavírus e a média de testes positivos foi 10.073. Desde o início da pandemia já foram feitos 21.818.812 diagnósticos da doença.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: queda (-21%)
  • Minas Gerais: queda (-22%)
  • Rio de Janeiro: queda (-44%)
  • São Paulo: estável (-1%)

Região Norte

  • Acre: queda (-100%)
  • Amazonas: queda (-100%)
  • Amapá: queda (-100%)
  • Pará: queda (-43%)
  • Rondônia: queda (-54%)
  • Roraima: queda (-94%)
  • Tocantins: queda (-46%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-100%)
  • Bahia: queda (-19%)
  • Ceará: queda (-74%)
  • Maranhão: estável (-8%)
  • Paraíba: alta (23%)
  • Pernambuco: alta (23%)
  • Piauí: queda (-20%)
  • Rio Grande do Norte: alta (73%)
  • Sergipe: estável (0%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-35%)
  • Goiás: queda (-52%)
  • Mato Grosso: queda (-59%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-61%)

Região Sul

  • Paraná: queda (-59%)
  • Rio Grande do Sul: queda (-19%)
  • Santa Catarina: queda (-18%)

Dados do ministério

O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil reportou 149 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, a doença já provocou 608.071 óbitos em todo o país.

Pelos números do ministério, houve 6.431 testes positivos para a covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, elevando o total de infectados para 21.821.124 desde março de 2020.

Segundo o governo federal, houve 21.015.876 casos recuperados da doença até agora, com outros 197.177 em acompanhamento.

Pfizer prevê vendas de US$ 29 bilhões da vacina contra covid-19 em 2022

A Pfizer anunciou nesta terça-feira (2) previsão de US$ 29 bilhões em vendas de sua vacina contra covid-19 para 2022, valor melhor do que o esperado, e disse que está tentando assinar mais acordos com países para a vacina desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech.

A empresa afirmou que, embora tenha capacidade para produzir 4 bilhões de doses em 2022, espera atualmente vendas de 1,7 bilhão de doses em 2022, sugerindo que a previsão pode aumentar à medida que a Pfizer assina mais acordos de vacinas.

A Pfizer, que divide igualmente as despesas e o lucro da vacina com a parceira BioNTech, também elevou sua previsão de vendas da vacina para US$ 36 bilhões em 2021, indicando que a vacina representará até 44% de suas vendas totais para o ano.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.