Anvisa reforça pedido para adoção de restrições a voos de 4 países
Após a descoberta de nova variante do coronavírus, descoberta na África do Sul e batizada com o nome de ômicron, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou ofício ao Ministério da Casa Civil no qual reforça pedido para adoção de medidas restritivas a voos oriundos de quatro países: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia. O documento é assinado por cinco diretores da agência e acompanhado de uma Nota Técnica.
No mesmo ofício, a Anvisa também enviou outras duas Notas Técnicas, em que recomendam a exigência do certificado de vacinação completa contra a covid-19 para a entrada de viajantes no Brasil —essa exigência, no entanto, enfrenta resistências dentro do governo, especialmente de Bolsonaro.
A agência destaca que há mais de um ano a Anvisa tem reiteradamente recomendado ao Comitê Interministerial a adoção da medida de quarentena ou auto quarentena no ingresso de viajantes em território nacional, que se cumprida de acordo com as orientações das autoridades de saúde, acrescida de outras medidas sanitárias, "permite a contenção da disseminação da doença pela interrupção da cadeia de transmissão de variantes do vírus, já que visa evitar o contato do viajante com outras pessoas suscetíveis".
A Anvisa é uma agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde, que faz recomendações, mas cabe ao governo Bolsonaro acatá-las ou não.
Cepa se espalha pelo mundo
A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou na semana passada que a nova cepa do SARS-CoV-2, a ômicron, é uma variante de preocupação (VOCs), a quinta classificada dessa forma. Mas essa nova variante surpreendeu os cientistas pelo número oito vezes maior de mutações de outras cepas já classificadas como de preocupação, além da velocidade de contágio.
O órgão máximo da Saúde no mundo aponta que a variante foi detectada a taxas mais rápidas do que os surtos anteriores de infecção.
Esta variante tem um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes. As evidências preliminares sugerem um risco maior de reinfecção, em comparação com outras variantes", alertou a OMS. "Nas últimas semanas, as infecções na África do Sul aumentaram acentuadamente, coincidindo com a detecção da variante B.1.1.529. A primeira infecção B.1.1.529 confirmada conhecida foi de um espécime coletado em 9 de novembro de 2021.
Horas depois, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou que o Brasil fecharia, a partir de segunda-feira, as fronteiras aéreas para seis países da África por causa da nova variante do coronavírus. "Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia", escreveu Nogueira, na ocasião.
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