Gabbardo vê "alinhamento" para evitar aglomerações em Carnaval e Réveillon
O coordenador do Comitê Científico de São Paulo, João Gabbardo, disse enxergar um "alinhamento" inédito entre diversas esferas do poder público para evitar que ocorram aglomerações nas comemorações do Réveillon e do Carnaval nos próximos meses.
Em entrevista à CNN Brasil, Gabbardo disse que, embora não haja uma decisão geral e uniforme sobre as festividades, diversos estados e municípios estão sinalizando que não promoverão as datas com eventos oficiais, na tentativa de manter o controle sobre a covid-19 no Brasil.
Ele ainda destacou a postura de Jair Bolsonaro (PL) em relação ao Carnaval, a quem costuma fazer críticas, já que o presidente é contra medidas que buscam o distanciamento social.
"Esse é um momento ímpar no enfrentamento da pandemia, pela primeira vez temos um alinhamento de estrelas. O Ministério da Saúde emitiu uma nota recomendando uso de máscara, distanciamento e vacinação. O próprio presidente está sugerindo que não se faça Carnaval. E gestores públicos têm se manifestado por suspender, cancelar ou não promover estes eventos", disse.
Recentemente, Bolsonaro disse que, por ele, não haveria Carnaval no Brasil. Já prefeitos e estados, aos poucos, têm se manifestado com cautela sobre as festividades. Salvador, por exemplo, cancelou a festa de Réveillon de demonstrando preocupação com a variante ômicron.
"Pela primeira vez tem uma orientação quase que única e informe, acredito que a maioria dos gestores não irá promover estas festividades que podem causar aglomeração. Reduziria bastante os riscos. Se alguém que queira promover, tem que analisar se vale enfrentar o risco", afirmou.
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