Governo muda plataforma de consulta pública, mas instabilidade continua
Após relatos de instabilidades e impossibilidade de participar da consulta pública sobre a vacinação infantil, o Ministério da Saúde informou que mudou a plataforma usada para os usuários deixarem suas opiniões.
"Devido ao grande interesse da população na consulta pública sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, foi necessária a migração para a plataforma http://Gov.br, que já possui a base do cadastro dos brasileiros", informou a pasta.
As contribuições devem ser feitas no site do Participa + Brasil, usado pelo governo para fazer consultas públicas. O UOL acessou a plataforma (https://www.gov.br/participamaisbrasil/opine) assim que o ministério anunciou a migração e verificou que ela também enfrenta instabilidade.
Hoje mais cedo, usuários relataram ter se deparado com o comunicado "o número máximo de pessoas já respondeu a este formulário", quando tentavam finalizar suas respostas. A plataforma inicial utilizada pelo governo era um formulário da Microsoft, que tem um limite padrão de até 50 mil respostas.
Com as reclamações, a pasta colocou um segundo formulário idêntico no ar, chamado de "formulário 2". Este questionário também esgotou o número de respostas, indicando que a quantidade de participações já superou 100 mil, muito acima de outras consultas públicas feitas pelo Ministério da Saúde.
A decisão de abrir a consulta pública foi criticada por muitos especialistas, já que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a aplicação do imunizante da Pfizer — único liberado para crianças. Países como os Estados Unidos já estão vacinando o público infantil.
A consulta fica aberta até 2 de janeiro de 2022. Segundo o ministério, no dia 4, acontecerá uma audiência pública a respeito do tema e no dia 5 será anunciada a decisão da pasta.
Secretários de Saúde dizem que não vão exigir receita médica
Em formato de carta de Natal às crianças, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) informou que não exigirá receita médica para vacinar o público infantil contra covid-19.
"É esse recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina", diz a carta.
O posicionamento acontece após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falar que o governo irá exigir uma prescrição médica e autorização dos pais para liberar a vacina contra covid para as crianças. Em um documento indicado para quem quiser participar da consulta, a pasta reafirma a recomendação.
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