Afastamento de pessoas por covid-19 vai interromper serviços, diz Gabbardo
O coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, João Gabbardo, disse hoje, em entrevista à CNN, ser "preocupante" o número de pessoas contaminadas com a covid-19 e que, portanto, precisam se afastar do trabalho. Para ele, há risco de interrupção de serviços em razão disso.
Gabbardo explicou que os hospitais já enfrentam problemas para montar suas escalas de plantão porque os profissionais estão sendo contaminados e precisam se afastar de suas funções. Pessoas com síndromes gripais devem ficar isoladas para não transmitir os vírus para outras.
Essa nova forma da transmissão da doença, tão elevada, ela vai nos colocar um desafio importante: muitos serviços terão que ser suspensos porque não teremos pessoas para desenvolver atividades. Estou falando isso em relação a transporte coletivo, transporte aéreo, unidades de saúde, as pessoas estão ficando contaminadas e o afastamento delas leva a uma dificuldade muito grande João Gabbardo
O avanço da variante ômicron pelo mundo, altamente transmissível, tem provocado o cancelamento de milhares de voos em todo o mundo. A Azul, por exemplo, informou que registrou um aumento no número de dispensas médicas entre seus funcionários em razão de casos de gripe e de covid-19, o que levou a companhia a reprogramar parte de seus voos em janeiro.
A ômicron já é responsável por 58,33% dos casos de covid-19 rastreados no Brasil, segundo levantamento feito pela plataforma "Our World in Data".
Gabbardo explicou ainda que, embora tenham crescido, o número de casos de hospitalização não é preocupante. "Diferente das outras ondas, desta vez os casos geralmente são encaminhados ao hospital e as pessoas voltam para casa."
O estado de São Paulo teve um aumento de 30% em novas internações por covid-19 nos hospitais públicos e privados na última semana. O número de novos hospitalizados com a doença subiu de 425 para 552 na primeira semana do ano, impulsionado pela ômicron e pelas festas de fim de ano.
Segundo ele, como a transmissibilidade é muito rápida, ou seja, quase todas as pessoas ficam doentes simultaneamente, a expectativa — baseada na experiência de outros países — é de que o pico tenha pouca duração. Ele ressaltou a importância da vacinação.
"Imagina se essa variante, com essa capacidade de transmissão, tivesse aparecido quando a população não estivesse vacinada, o horror que seria. Quando a gente diz que os casos são leves, são leves porque população está vacinada. Se não tivesse provavelmente teríamos surto com internações e casos graves e óbitos elevadíssimos."
O Brasil alcançou ontem a marca de 143,8 milhões de pessoas com vacinação completa contra a covid-19, conforme boletim divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. No total, 143.810.302 brasileiros já tomaram a segunda dose ou a dose única de imunizante, o correspondente a 67,42% da população nacional.
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