Cidade de SP descarta restrições para conter ômicron: 'Cenário diferente'
O secretário da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, descartou hoje a possibilidade de a capital paulista adotar medidas mais restritivas, parecidas com as decretadas em 2020 e no primeiro semestre de 2021, para conter a variante ômicron da covid-19.
"Não há nenhuma discussão nesse sentido", garantiu o secretário ao UOL News - Tarde, programa do Canal UOL. "Embora tenhamos o avanço da ômicron elevando o número de novos casos, não temos impacto na rede hospitalar", pontuou.
Segundo boletim divulgado ontem pela prefeitura, 37% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) dos hospitais ligados à administração municipal estão ocupados. A taxa é de 44% nas enfermarias.
Na avaliação de Aparecido, São Paulo está vivendo um "cenário diferente" quando comparado aos picos da covid-19 em 2020 e 2021 — agora, por exemplo, temos uma população massivamente vacinada com doses certificadas contra a doença, segundo ele.
Ainda segundo o boletim divulgado ontem, o equivalente a toda a população adulta da cidade já tomou as duas doses iniciais contra a covid-19, e um índice correspondente a 35,7% do mesmo grupo já recebeu a dose de reforço contra a doença.
Já entre os adolescentes — faixa etária entre 12 e 17 anos —, 88% do grupo já recebeu as duas doses da vacina contra a doença do novo coronavírus na capital paulista.
A vacinação em massa é a medida mais eficaz contra a covid-19, protegendo, especialmente, contra a evolução da doença para quadros graves, como internação e morte pelo vírus.
Segundo Edson Aparecido, a preocupação da prefeitura, no momento, é assegurar o controle do índice de ocupação de leitos de enfermaria e de UTI na cidade e "manter determinadas medidas".
Entre as "determinadas medidas", está o uso obrigatório de máscaras, seja em locais abertos ou fechados. "Os cuidados sanitários permanecem. Não é preciso nenhuma restrição do ponto de vista econômico", acrescentou.
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