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Saúde antecipa 600 mil doses de vacina infantil da Pfizer para janeiro

Ministério da Saúde consegue antecipar lote com 600 mil doses infantis da vacina da Pfizer contra a covid; imunização começa na sexta (14) Imagem: Divulgação/Pfizer

Do UOL, em São Paulo

10/01/2022 11h59Atualizada em 10/01/2022 15h49

O Ministério da Saúde anunciou hoje um acordo com a Pfizer para antecipar o envio de um lote de 600 mil doses da vacina infantil contra a covid-19. A expectativa era receber 3,7 milhões de doses em janeiro, mas agora o número chega a 4,3 milhões.

O início da imunização de crianças está previsto para a próxima sexta-feira. O uso da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dezembro, mas o Ministério da Saúde demorou quase três semanas para anunciar que incluiria o grupo na campanha nacional de imunização.

"Conseguimos antecipar com a Pfizer mais 600 mil doses da vacina pediátrica em janeiro. Serão 4,3 milhões de doses de vacina", afirmou o ministro Marcelo Queiroga na manhã de hoje. "Estamos conduzindo a questão da vacinação de uma forma muito apropriada".

O Brasil tem 20 milhões de crianças entre 5 a 11 anos que podem tomar a vacina infantil da Pfizer. Por se tratar de um imunizante de duas doses, o Ministério da Saúde precisará de 40 milhões de doses.

A pasta diz ter encomendado quantidade suficiente para imunizar o público-alvo e prevê que todas as doses serão entregues no primeiro trimestre deste ano. Crianças mais velhas serão vacinadas primeiro, com prioridade para aquelas que tenham comorbidades ou deficiências permanentes.

Veja o cronograma de entrega para os três primeiros meses do ano:

  • Janeiro: 4.314.000
  • Fevereiro: 7.272.000
  • Março: 8.418.000

O Ministério da Saúde também anunciou um intervalo entre doses de oito semanas — a bula da Pfizer recomenda apenas três semanas. Especialistas ouvidos pelo UOL dizem que o intervalo mais longo é "arriscado".

Com o prazo estipulado pelo Ministério da Saúde, crianças dos primeiros anos do ensino fundamental estarão com o regime vacinal completo apenas na terceira semana de março — isso em cidades mais ágeis na vacinação. A volta às aulas em um contexto de crescimento de casos vem preocupando educadores.

Saúde demorou 3 semanas para anunciar vacina em crianças

O Ministério da Saúde sofria pressão de especialistas, secretários de Saúde e governadores para liberar a vacinação contra a covid para crianças.

Antes do anúncio, a pasta fez uma consulta pública para discutir o tema.

A deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL) chegou a convidar médicos contrários à vacinação de crianças para o debate em audiência pública. Durante o evento, dados privados de médicos a favor da vacinação infantil contra covid foram vazados na internet.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) já afirmou ser contra a vacinação de crianças. Ele ameaçou divulgar o nome de técnicos da Anvisa responsáveis por dar aval ao imunizante infantil e também disse que a atitude da Anvisa é "inacreditável".

Na semana passada, em entrevista a uma emissora de TV, Bolsonaro voltou a criticar a agência. Segundo a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), o tom do presidente é alarmista e sem fundamentação científica.

Após os repetidos ataques de Bolsonaro, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, negou as acusações de "interesse oculto" da agência ao aprovar a vacina infantil e pediu uma retratação.

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