Queiroga quer que farmácias orientem pacientes a fazer autoteste de covid
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou hoje que a nota técnica da pasta sobre os autotestes para covid-19 pode sair nesta semana e que espera que as farmácias orientem os compradores a aplicarem o exame da forma correta. Ele também disse que os resultados positivos dos autotestes precisam ser informados à pasta do governo federal, mas não explicou como isso será feito.
"O autoteste, desde que a farmácia que venda apoie os que compram na realização do teste, orientando-os a realizar o teste de forma correta, e para que seja informado os dados em caso positivo ao Ministério da Saúde, é uma iniciativa que pode se somar ao esforço do Ministério da Saúde e do poder público de uma maneira geral."
Segundo ele, a pasta trabalha numa nota técnica para regularizar o item, que é usado em outros países, mas ainda não tem autorização no Brasil.
Queiroga disse também que quem trouxe esses testes do exterior pode utilizá-los. "Se trouxe o teste, pode testar. Tem orientações, não é complexo. O que precisamos é de uma política para que se faça isso de maneira sincronizada e possa ser útil do ponto de vista de saúde pública", declarou.
Nota técnica para a Anvisa
Na última segunda-feira, o secretário-executivo do Ministério, Rodrigo Cruz, já havia antecipado a intenção de enviar uma nota técnica à Anvisa sobre o assunto.
Atualmente, não é permitida no Brasil a venda de exames de antígeno para serem feitos em casa. O exame é feito com a coleta de material no nariz com o cotonete ou por saliva. O autoteste, porém, tem sensibilidade menor do que outros exames (como o PCR) e está sujeito ao erro do paciente não treinado.
Desde o início da pandemia de coronavírus, especialistas têm alertado que o Brasil derrapa em uma das principais estratégias para acompanhar o avanço da covid-19: a testagem. Adotados em diferentes lugares do mundo, os autotestes são proibidos no território brasileiro devido a uma resolução de 2015 da Anvisa.
No documento, a agência justifica a decisão afirmando que "não podem ser fornecidos a usuários leigos" produtos que atestem a "presença ou exposição a organismos patogênicos ou agentes transmissíveis, incluindo agentes que causam doenças infecciosas passíveis de notificação compulsória".
Por outro lado, testes de gravidez e de diabetes são comercializados em farmácias e podem ser feitos sem a presença de um profissional especializado.
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