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Rede D'Or limita testes de covid por risco de falta de insumos

Rede vai priorizar testagem de pacientes graves e internados, além de profissionais de saúde - iStock
Rede vai priorizar testagem de pacientes graves e internados, além de profissionais de saúde Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

12/01/2022 17h49

A Rede D'Or, a maior rede de hospitais privados do Brasil, restringiu a realização de testes de covid-19. A partir de agora, serão priorizados pacientes graves e internados, além de profissionais de saúde.

A rede explicou que isso acontece devido à "limitação no mercado nacional de insumos para testes de PCR e antígeno" para o novo coronavírus. O Brasil enfrenta um aumento na procura de testagem em função da alta de casos causada pela circulação da variante ômicron.

"Todos os exames já coletados estão sendo entregues nos prazos acordados e todos os agendamentos eletivos já confirmados estão mantidos", garantiu a rede. A operadora afirmou ainda que as testagem de "pacientes que não estejam nos critérios de prioridade" mencionados serão retomadas "tão logo haja um reequilíbrio entre a demanda e os insumos disponíveis".

A Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) recomentou hoje a "utilização criteriosa" dos testes para covid-19. A entidade teme que a testagem no ritmo atual cause uma escassez de insumos nos laboratórios.

"A alta transmissibilidade da nova variante ômicron causou aumento exponencial de casos, o que vem demandando significativo aumento da capacidade produtiva global de testes, tanto de PCR como de antígeno, e se os estoques não forem recompostos rapidamente, poderá ocorrer a falta de oferta de exames", diz a nota.

Rio tem longas filas para testagem

No Rio de Janeiro, a população enfrenta longas filas nos centros de saúde municipais ou tenta agendamentos online na rede de apoio da Secretaria de Estado de Saúde (SES) em busca do diagnóstico.

A procura por testes de covid-19 nos laboratórios particulares também teve um aumento exponencial nos primeiros dias do ano.

O Grupo Fleury, responsável pelas redes de laboratório Labs, Lafe e Felippe Mattoso, por exemplo, informou que do dia 20 dezembro para 8 de janeiro, houve aumento de até 5 vezes nos exames RT-PCR realizados nas unidades. O número de casos positivos saltaram de 5% para 52% no mesmo período.

Já o Grupo Dasa, responsável pelas redes Bronstein, Lâmina e Sérgio Franco, informou que não há falta de insumos, mas está priorizando o atendimento de pacientes internados e profissionais de saúde.