Preocupação e medo da covid-19 aumentam no Brasil, mostram pesquisas
Pesquisas divulgadas nesta semana mostraram que a preocupação e o medo da covid-19 cresceram entre os brasileiros, em meio à disseminação da variante ômicron e ao aumento do número de casos conhecidos: só ontem foram 97.221.
Com uma aceleração inédita durante a pandemia, o número de infecções pelo novo coronavírus explodiu esta semana no país, o que fez a média móvel de sete dias superar o pico da primeira onda registrada em 2020. A projeção é que, nos próximos dias, o número de casos supere o recorde da segunda onda.
Levantamento da Genial Investimentos e Quaest Consultoria divulgada na quarta-feira (12) apontou que 69% dos entrevistados estão "muito preocupados" com a pandemia. Nos levantamentos anteriores, divulgados em novembro e dezembro, a taxa era de 55% e 62%, respectivamente.
Já pesquisa Ipespe divulgada hoje mostrou que 35% dos entrevistados estão "com muito medo" do coronavírus. Nos levantamentos anteriores, de novembro e dezembro, o índice era de 24% e 28%, respectivamente. A pesquisa foi contratada pela XP Investimentos.
Veja abaixo as resposta dos entrevistados da pesquisa Genial/Quaest sobre a covid-19.
O nível de preocupação com a pandemia da covid-19:
- 69% disseram estar muito preocupados
- 25% disseram estar pouco preocupados
- 6% disseram estar nada preocupados
Em relação à situação da pandemia no Brasil em 2022:
- 51% avaliam que vai voltar com as novas variantes
- 30% avaliam que vai ficar estabilizada como agora, com casos não muito numerosos
- 14% avaliam que estará sob controle a vida voltará para a normalidade
- 5% não sabem ou não responderam
A maioria dos entrevistados (72%) disse acreditar que a decisão de vacinar crianças contra a covid-19 é correta. O primeiro lote dos imunizantes da Pfizer destinados ao público de 5 a 11 anos chegou ontem ao Brasil e São Paulo já vacinou as primeiras crianças no início da tarde de hoje.
Acredita que a decisão de vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 está correta?
- 72% responderam que sim, as crianças devem ser vacinadas agora
- 3% responderam que "nem um lado nem o outro estão certos"
- 20% responderam que não, as crianças não deveriam ser vacinadas agora
- 4% não sabem ou não responderam
No que diz respeito ao jeito com que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está lidando com a pandemia, 54% avaliaram que de forma negativa. Em julho este índice era de 47%.
O chefe do Executivo federal já atacou a eficácia das vacinas em diversas ocasiões, disse que não se imunizou contra a covid-19, e que não vacinará a filha Laura, de 11 anos. O governo decretou sigilo sobre o cartão de vacinação do presidente por até 100 anos.
- 54% veem como negativa a forma como Bolsonaro lida com a pandemia
- 23% veem como positiva
- 20% veem como regular
- 3% não souberam ou não responderam
Metodologia
O levantamento Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas, com 16 anos ou mais, entre os dias 6 e 9 de janeiro. As entrevistas foram realizadas "face-a-face", segundo a Genial Investimentos e a Quaest Consultoria. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-00075/2022.
A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Maioria está com medo do vírus, aponta Ipespe
A pesquisa Ipespe apontou que a maioria dos entrevistados (71%) disse ter medo da covid-19.
- 35% com muito medo
- 36% com um pouco de medo
- 28% não está com medo
- 1% não sabe ou não respondeu
Questionados sobre a atuação do presidente para enfrentar o coronavírus, os entrevistados responderam:
- 57% veem como ruim ou péssima
- 20% como ótima ou boa
- 19% como regular
- 4% não sabem ou não responderam
Metodologia
O levantamento ouviu 1.000 pessoas, com 16 anos ou mais, entre os dias 10 e 12 de janeiro de todas as regiões do país. As entrevistas foram telefônicas. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95,5%. A pesquisa foi registrada no TSE sob o número BR-09080/2022. Os percentuais que não totalizam 100% são decorrentes de arredondamento ou de múltiplas alternativas de resposta, segundo o Ipespe.
A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
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