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Anvisa manda recolher autoteste de covid-19 em farmácias

Teste era feito por meio a saliva; compradores podiam coletar o material em casa e enviar ao laboratório para análise - Getty Images
Teste era feito por meio a saliva; compradores podiam coletar o material em casa e enviar ao laboratório para análise Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

31/01/2022 13h02Atualizada em 31/01/2022 18h46

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mandou recolher hoje o autoteste de covid-19 "meuDNA PCR-LAMP Autocoleta de Saliva" nas redes Drogaria São Paulo, Drogarias Pacheco e Raia Drogasil, porque o produto ainda não tem registro na agência. A resolução foi publicada hoje no Diário Oficial da União.

Apesar de terem sido aprovados na última sexta-feira pela diretoria do órgão, os autotestes só poderão ser vendidos após serem registrados na Anvisa. Até o momento, não há nenhum produto regularizado para usuários leigos.

Na última quarta-feira, a agência já havia determinado o recolhimento desse mesmo teste na Drogaria Pague Menos.

O kit de teste meuDNA PCR-Lamp é vendido nas farmácias desde janeiro de 2021, por preços que vão de R$ 130 a R$ 170. Os compradores podiam coletar a própria saliva em casa e levar a um posto de entrega ou solicitar a retirada do material. O resultado ficava pronto em até 24 horas, de acordo com o site do fabricante.

Alguns laboratórios também oferecem o teste pelo método PCR-Lamp, mas a decisão da Anvisa não os afeta.

O UOL entrou em contato com a Anvisa para verificar se a agência já recebeu algum pedido para regulamentação de autotestes. Quando houver resposta, o texto será atualizado.

O que diz a empresa

Em contato com o UOL, a meuDNA disse que o produto não se trata de um autoteste ou teste rápido, e sim um "kit de coleta", que funciona como os kits de coleta de urina e fezes, por exemplo. A análise laboratorial, por sua vez, fica responsável pelo Mendelics.

A empresa também explicou que o teste utiliza a técnica PCR-LAMP (Amplificação Isotérmica Mediada por Loop), feita a partir de uma amostra de saliva do paciente, é capaz de identificar o material genético do coronavírus "desde a fase inicial" da infecção.

"Em face de mais uma onda de covid que assola o país e da falta de testes disponíveis em muitos locais, esperamos que a Anvisa reavalie esta interpretação errônea e libere novamente os kits de autocoleta de saliva meuDNA para comercialização nas farmácias o mais rápido possível", concluiu.