Anvisa recebe pedido para liberar uso de pílula da Pfizer contra a covid-19
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disse que recebeu hoje um pedido da Pfizer para que a pílula Paxlovid, desenvolvida pela farmacêutica americana para lidar contra a covid-19, seja liberada para uso emergencial no Brasil.
As próximas 24 horas serão utilizadas pela Anvisa para fazer a análise e triagem da documentação sobre o medicamento enviada pela Pfizer, segundo o próprio órgão. "Se houver informações importantes faltando, a agência pode solicitá-las", afirmou, em nota.
Também de acordo com a Anvisa, o prazo para que o medicamento seja avaliado e liberado — ou não — é de até 30 dias, sem contar o tempo em que a Pfizer tenha que responder "questões técnicas" feitas pelo órgão.
Segundo estudo realizado e apresentado pela Pfizer em dezembro do ano passado, o antiviral Paxlovid é capaz de reduzir em 89% o risco de hospitalização e morte pela covid-19.
A Paxlovid já foi aprovada pelas agências reguladores dos Estados Unidos — ainda em dezembro de 2021 — e da UE (União Europeia) — no mês passado.
Nos EUA a FDA (Administração de Medicamentos e Alimentos, na sigla em português), espécie de Anvisa local, orientou que a Paxlovid fosse utilizada em pessoas com 12 anos ou mais com ao menos 40 kg e que estivessem com um quadro leve de covid-19
A FDA também indicou que o antiviral deveria ser prescrito apenas para pessoas que corressem o risco de progressão da doença para um quadro grave, caso de pessoas idosas e com comorbidades, e da seguinte forma:
- Uso logo após o diagnóstico, em um período de até cinco dias;
- A cada uso oral: dois comprimidos de nirmatrelvir e um de ritonavir, que compõem o fármaco.
- Frequência: duas vezes ao dia, durante cinco dias, totalizando 30 comprimidos;
Ainda assim, segundo a FDA, a Paxlovid não deveria ser entendida como uma forma de prevenção à covid-19, nem um substituto à vacinação contra a doença, apontada por cientistas como a forma mais eficaz de evitar casos graves da doença.
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