Cidade de São Paulo detecta terceiro caso de BA.2, subvariante da ômicron
A cidade de São Paulo confirmou hoje o terceiro caso da sub-linhagem BA.2 da variante ômicron do coronavírus. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, trata-se de um homem de 45 anos, que vive em Ferraz de Vasconcelos, região metropolitana, e foi atendido na capital.
O paciente foi vacinado com as três doses da vacina contra a covid-19, e apresentou sintomas leves. Segundo a pasta, os primeiros sinais da doença se manifestaram no dia 30 de janeiro e ele cumpriu quarentena de 14 dias em bom estado de saúde.
O primeiro caso de BA.2 foi detectado no dia 7 de fevereiro. De acordo com Secretaria Municipal de Saúde, trata-se de um morador de Santo André, na região metropolitana, que usa o sistema de saúde da capital, e que teve o exame coletado no dia 28 de janeiro. Ele tinha sintomas leves.
Ainda não existem evidências relacionadas a nova linhagem que demonstrem mudanças na transmissibilidade, quadro clínico, gravidade ou resposta vacinal.
Sub-linhagem BA.2
Após a chegada da ômicron, houve um aumento expressivo de novos casos de covid-19 pelo mundo todo. Agora, os cientistas descobriram uma subvariante chamada BA.2, que começou a substituir a variante "original" BA.1.
Isso ocorre porque, à medida que os vírus se transformam em novas variantes, às vezes, eles se dividem ou se ramificam em sub-linhagens. A variante delta, por exemplo, é composta por 200 subvariantes diferentes.
O mesmo movimento ocorreu com a ômicron, que inclui as linhagens BA.1, BA.2, BA.3 e B.1.1.529. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a BA.1 corresponde pela maioria dos casos até o momento, presente em quase 99% das amostras de DNA viral submetidas ao banco de dados global GISAID (em 25 de janeiro de 2022).
Desde novembro de 2021, 40 países adicionaram milhares de sequências BA.2 aos seus bancos de dados. Atualmente, a subvariante foi identificada nas Filipinas, Nepal, Catar, Índia, Dinamarca, Botsuana, Quênia, Malauí, Senegal, África do Sul, entre outros.
Um estudo com 8,5 mil famílias e 18 mil indivíduos conduzido pelo Instituto Estatal Serum da Dinamarca descobriu que BA.2 era "significativamente" mais transmissível do que BA.1.
Ela infectou com mais facilidade indivíduos vacinados e com doses de reforço do que as variantes anteriores, segundo o estudo, embora as pessoas vacinadas tenham mostrado menos probabilidade de transmiti-la.
Outro estudo, do Reino Unido, também encontrou maior transmissibilidade para BA.2 em comparação com BA.1. Mas uma avaliação preliminar não encontrou evidências de que as vacinas seriam menos eficazes contra doenças sintomáticas para qualquer uma das subvariantes.
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