Covid: Média de casos segue em alta, mas mortes chegam ao 2º dia de queda

A média móvel de casos conhecidos de covid-19 ficou em 29.682 hoje e chegou ao 11º dia em tendência de alta. A média móvel de mortes, por outro lado, ficou em 77 e chegou ao segundo dia consecutivo em queda. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte.

O primeiro índice variou 92% em relação a 14 dias atrás, e o segundo, -21%, na mesma comparação. Se o valor fica acima de 15%, indica tendência de alta. Quando está abaixo de -15%, de queda; entre 15% e -15%, significa estabilidade.

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A média móvel é considerada por especialistas a maneira mais confiável para acompanhar o avanço ou o retrocesso da pandemia. O índice é calculado a partir da média de mortes —ou de casos—, dos últimos sete dias.

Todas as regiões do país seguem a tendência nacional de alta na média móvel de casos: Centro-Oeste (318%), Nordeste (126%), Norte (46%), Sudeste (106%) e Sul (37%).

O Distrito Federal e 18 estados acompanham o cenário nacional de alta no índice de casos da doença — outros dois (Amazonas e Pará) apresentam queda e mais dois (Sergipe e Paraná) têm estabilidade.

Hoje foram 28.880 novos casos conhecidos da doença no Brasil, chegando a um total de 31.182.645 testes positivos de covid-19 desde o início da pandemia, em março de 2020.

Além disso, nas últimas 24 horas também foram registradas 50 novas mortes no país. Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins não registraram óbitos nesta segunda-feira (6).

Já a Bahia, o Rio de Janeiro e São Paulo não divulgaram informações alegando problemas na extração dos dados junto ao sistema do Ministério da Saúde. Minas Gerais não divulgou o boletim epidemiológico hoje. Com os números de hoje, o país acumula 667.106 vidas perdidas para a doença causada pelo coronavírus.

Duas regiões do país seguem a tendência nacional de queda na média móvel de mortes: Norte (-17%) e Sudeste (-31%). Outras três regiões têm estabilidade: Centro-Oeste (-4%), Nordeste (-12%) e Sul (-8%).

Entre as unidades da federação, sete registram queda, 10 têm estabilidade e seis apresentam alta.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

• Espírito Santo: alta (100%)

• Minas Gerais: não atualizou os dados hoje

• Rio de Janeiro: não atualizou os dados hoje

• São Paulo: não atualizou os dados hoje

Região Norte

• Acre: estabilidade (0%)

• Amazonas: estabilidade (0%)

• Amapá: estabilidade (0%)

• Pará: queda (-31%)

• Rondônia: queda (300%)

• Roraima: estabilidade (0%)

• Tocantins: estabilidade (0%)

Região Nordeste

• Alagoas: estabilidade (0%)

• Bahia: não atualizou os dados hoje

• Ceará: estabilidade (-5%)

• Maranhão: estabilidade (0%)

• Paraíba: queda (-100%)

• Pernambuco: estabilidade (15%)

• Piauí: queda (-67%)

• Rio Grande do Norte: alta (400%)

• Sergipe: queda (-100%)

Região Centro-Oeste

• Distrito Federal: queda (-87%)

• Goiás: alta (69%)

• Mato Grosso: alta (367%)

• Mato Grosso do Sul: queda (-73%)

Região Sul

• Paraná: estabilidade (1%)
• Rio Grande do Sul: alta (-35%)
• Santa Catarina: alta (32%)

Dados do governo

O Ministério da Saúde divulgou hoje (6) que o Brasil notificou 36 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença provocou 667.041 óbitos em todo o território nacional.

Pelos números do ministério, houve 35.783 casos confirmados de covid-19 entre ontem e hoje no Brasil, elevando para 31.195.118 o total de infectados desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 30.101.368 casos recuperados da doença até o momento, com outros 426.709 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, g1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.