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Bônus, auxílio para mães e pais, mestrado: o que muda no Mais Médicos

Do UOL, em São Paulo

20/03/2023 18h39Atualizada em 21/03/2023 16h57

O presidente Lula (PT) anunciou nesta segunda (20) a retomada do programa Mais Médicos. Segundo o Ministério da Saúde, serão abertas 15 mil vagas neste ano e haverá investimento de R$ 712 milhões.

Quais são as novidades

  • Médicos que trabalhem em municípios mais vulneráveis receberão bônus de até 20% após dois anos.
  • Profissionais que são beneficários do Fies terão bônus de até 80% após dois anos.
  • Médicos da família que são beneficiários do Fies terão oferta especial de vagas. Eles poderão usar a bolsa para pagar financiamento estudantil. E terão pontuação extra em seleções para residência.
  • Médicas grávidas ganharão bolsa para complementar valor do auxílio do INSS num prazo de até seis meses.
  • Médicos que serão pais passam a ter direto a licença-paternidade de 20 dias com bolsa.
  • Profissionais do programa poderão fazer mestrado em até quatro anos --além de especialização.
Criado no governo de Dilma Rousseff (PT), o Mais Médicos foi alvo de críticas por parte de adversários e perdeu força na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro e aliados se queixavam do fato de o programa trazer profissionais de Cuba para cuidar da saúde no Brasil.

Como era no governo Bolsonaro

  • Bolsonaro anunciou que o programa "Mais Médicos" seria substituído pelo "Médicos pelo Brasil".
  • A prioridade eram locais com poucos médicos no Norte e Nordeste.
  • O programa ficava sob a responsabilidade apenas do Ministério da Saúde. Hoje, o Ministério da Educação também participa da gestão.

O que dizem as autoridades

Nesse momento, o foco está em garantir a presença de médicos brasileiros no Mais Médicos, um incentivo aos profissionais do nosso país. Se não houver quantitativo, teremos a opção de médicos brasileiros formados no exterior. E, se ainda assim não tivermos os profissionais, optaremos por médicos estrangeiros. O nosso objetivo não é saber a nacionalidade do médico, mas a nacionalidade do paciente, que é um brasileiro que precisa de saúde."
Presidente Lula, em discurso na retomada do programa

O Mais Médicos voltou para responder ao desafio da presença de médicos nos municípios mais distantes dos grandes centros e nas periferias das cidades."
Nísia Trindade, ministra da Saúde

Errata: este conteúdo foi atualizado
Incluindo a seguinte errata: Diferentemente do informado inicialmente, o Ministério da Saúde (e não do Trabalho) divulgou que 15 mil vagas serão abertas em 2023; dentistas e enfermeiros não serão contemplados pelo Mais Médicos. O texto foi corrigido