Segundo atentado suicida em dois dias no Mali
GAO, Mali, 10 Fev 2013 (AFP) - Um novo atentado suicida, o segundo em dois dias, na madrugada de sábado para domingo contra um posto do controle militar ocorreu na cidade de Gao, a maior do norte do Mali, recentemente reconquistada dos grupos islamitas armados, apesar do reforço da segurança.
São os primeiros atentados suicidas registrados no Mali. Em todo o país, os grupos armados islamitas, que ocuparam durante vários meses o norte do país impondo sua lei, evitam um confronto direto com os soldados franceses e malinenses e parecem adotar como estratégia os ataques suicidas e a colocação de minas terrestres nas estradas.
No sábado, por volta das 23h00 locais, uma forte explosão ocorreu em Gao.
"Foi um homem-bomba que se explodiu ", afirmou um soldado malinense nas proximidades do atentado, realizado contra um posto de controle na entrada de Gao.
A cabeça do autor do atentado, aparentemente um homem de origem árabe ou tuaregue, ainda se encontrava no mesmo local na manhã deste domingo.
Nenhum militar malinense morreu na explosão, segundo soldados no local. Mas a estrada que leva às cidade de Burem e Kidal foi fechada e nenhuma veículo está autorizado a passar.
Testemunhas falaram ainda de tiros trocados entre os soldados malinenses e combatentes islamitas depois da explosão.
Na metade do dia, seis veículos franceses de transporte de tropas chegaram no local para ajudar os soldados malinenses a garantir a segurança. Várias minas terrestres foram escondidas na região, segundo um militar francês, que indicou que o Exército irá realizar explosões controladas.
Na sexta-feira, um homem-bomba tuaregue ativou um cinturão de explosivo no controle da entrada norte da cidade, o que custou a vida de um soldado malinense.
Os efetivos de militares foram redobrados e o posto cercado com sacos de areia. As árvores foram cortadas para facilitar a visibilidade e há patrulhas de soldados nigerianos e malinenses em picapes camufladas de combate.
"Se você se distancia poucos quilômetros de Gao, já é perigoso", relatou à AFP um oficial do Mali. De acordo com fontes militares da França e Mali, várias aldeias nas proximidades de Gao defendem a causa islâmica.
O atentado de sexta foi reivindicado pelo Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (Mujao), um dos grupos armados que ocupavam o norte do Mali há meses.
O Mujao já havia feito uma declaração reivindicando a colocação de minas, ataques a comboios militares e a utilização de terroristas suicidas nesta região.
Corpos descobertos no deserto
Dois jovens com cinturões cheios de explosivos foram detidos na manhã de sábado 20 km ao norte de Gao.
Gao, maior cidade do norte do Mali, foi tomada dos islamitas em 26 de janeiro pelos soldados franceses e malinenses.
Os dois homens suicidas, assim como os jovens detidos, pertencem às comunidades árabe e tuaregue, que constituem a maioria dos combatentes dos grupos islamitas.
Essas duas comunidades denunciam os abusos que têm sido vítimas cometidos por milícias e soldados do Exército do Mali.
Em Timbuktu foram descobertos os corpos de várias pessoas, entre elas três comerciantes árabes que tinham sido detidos recentemente pelo exército malinense, informou a agência de notícias online
Esta cidade histórica foi reconquistada em 28 de janeiro, sem resistência, pelos soldados franceses e malinenses da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (Aqmi) e do Ansar Dine (Defensores do Islã).
São os primeiros atentados suicidas registrados no Mali. Em todo o país, os grupos armados islamitas, que ocuparam durante vários meses o norte do país impondo sua lei, evitam um confronto direto com os soldados franceses e malinenses e parecem adotar como estratégia os ataques suicidas e a colocação de minas terrestres nas estradas.
No sábado, por volta das 23h00 locais, uma forte explosão ocorreu em Gao.
"Foi um homem-bomba que se explodiu ", afirmou um soldado malinense nas proximidades do atentado, realizado contra um posto de controle na entrada de Gao.
A cabeça do autor do atentado, aparentemente um homem de origem árabe ou tuaregue, ainda se encontrava no mesmo local na manhã deste domingo.
Nenhum militar malinense morreu na explosão, segundo soldados no local. Mas a estrada que leva às cidade de Burem e Kidal foi fechada e nenhuma veículo está autorizado a passar.
Testemunhas falaram ainda de tiros trocados entre os soldados malinenses e combatentes islamitas depois da explosão.
Na metade do dia, seis veículos franceses de transporte de tropas chegaram no local para ajudar os soldados malinenses a garantir a segurança. Várias minas terrestres foram escondidas na região, segundo um militar francês, que indicou que o Exército irá realizar explosões controladas.
Na sexta-feira, um homem-bomba tuaregue ativou um cinturão de explosivo no controle da entrada norte da cidade, o que custou a vida de um soldado malinense.
Os efetivos de militares foram redobrados e o posto cercado com sacos de areia. As árvores foram cortadas para facilitar a visibilidade e há patrulhas de soldados nigerianos e malinenses em picapes camufladas de combate.
"Se você se distancia poucos quilômetros de Gao, já é perigoso", relatou à AFP um oficial do Mali. De acordo com fontes militares da França e Mali, várias aldeias nas proximidades de Gao defendem a causa islâmica.
O atentado de sexta foi reivindicado pelo Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (Mujao), um dos grupos armados que ocupavam o norte do Mali há meses.
O Mujao já havia feito uma declaração reivindicando a colocação de minas, ataques a comboios militares e a utilização de terroristas suicidas nesta região.
Corpos descobertos no deserto
Dois jovens com cinturões cheios de explosivos foram detidos na manhã de sábado 20 km ao norte de Gao.
Gao, maior cidade do norte do Mali, foi tomada dos islamitas em 26 de janeiro pelos soldados franceses e malinenses.
Os dois homens suicidas, assim como os jovens detidos, pertencem às comunidades árabe e tuaregue, que constituem a maioria dos combatentes dos grupos islamitas.
Essas duas comunidades denunciam os abusos que têm sido vítimas cometidos por milícias e soldados do Exército do Mali.
Em Timbuktu foram descobertos os corpos de várias pessoas, entre elas três comerciantes árabes que tinham sido detidos recentemente pelo exército malinense, informou a agência de notícias online
Esta cidade histórica foi reconquistada em 28 de janeiro, sem resistência, pelos soldados franceses e malinenses da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (Aqmi) e do Ansar Dine (Defensores do Islã).