Ex-premiê Macky Sall é novo presidente do Senegal
DAKAR, Senegal, 25 Mar 2012 (AFP) -O ex-premiê Macky Sall, de 50 anos, tornou-se neste domingo o novo chefe de Estado do Senegal, após vencer no segundo turno o presidente em fim de mandato Abdoulaye Wade, que reconheceu a derrota antes de serem divulgados os resultados das eleições que ocorreram de forma pacífica.
O presidente Wade "ligou neste domingo às 21H30 (locais e GMT) para seu rival Macky Sall (...) para felicitá-lo após as primeiras tendências que o apontam como vencedor do segundo turno das eleições presidenciais", segundo a emissora pública RTS.
A informação foi confirmada por Moussa Diop, conselheiro próximo a Macky Sall, que declarou: "a vitória é oficial, Wade reconheceu sua derrota".
Os primeiros resultados oficiais serão divulgados na terça ou na quarta-feira.
Sall era o favorito para o mandato presidencial de sete anos após obter o apoio de toda a oposição e de grande parte da sociedade civil.
Com exceção de alguns homens armados que perturbaram a votação em alguns colégios de Casamance (sul), região que sofre uma rebelião separatista há 30 anos, não houve nenhum incidente grave no restante do país.
Macky Sall pediu em várias ocasiões mais vigilância, temendo que os simpatizantes de Wade promovessem fraudes.
Candidato à reeleição, Abdoulaye Wade, de 85 anos e no poder havia 12 anos, enfrentava o segundo turno em uma situação delicada diante do que chamava de seu "aprendiz" Macky Sall, que foi seu ministro e primeiro-ministro antes de cair em desgraça em 2008.
Wade liderou o primeiro turno de 26 de fevereiro com 34,81% dos votos, mas Macky Sall (26,58%) conseguiu o apoio dos doze candidatos eliminados.
Macky Sall contava também com o apoio de movimentos de jovens e do célebre cantor Youssou Ndour, que quis se apresentar como candidato, mas não foi autorizado.
Para a oposição, a nova candidatura de Wade é "ilegal", pois esgotou os dois mandatos permitidos após sua eleição em 2000. No entanto, seus seguidores sustentam que as reformas da Constituição em 2001 e em 2008 lhe deram direito de voltar a se candidatar.
A candidatura de Wade a uma nova reeleição provocou importantes movimentos de protesto em todo o país, particularmente em Dakar. As manifestações proibidas foram duramente reprimidas, deixando pelo menos seis mortos e cerca de 150 feridos em um mês.
Sall, um engenheiro de 50 anos, foi homem de confiança do presidente Wade, ministro de Minas (2001-2003) e do Interior (2003-2004) antes de ser primeiro-ministro (2004-2007) e presidente da Assembleia Nacional (2007-2008). Em 2008 caiu em desgraça e fundou seu próprio partido, a Aliança para a República (APR).
Cerca de 300 observadores estrangeiros vigiaram as eleições, principalmente da União Africana, da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Europeia (UE).
O presidente Wade "ligou neste domingo às 21H30 (locais e GMT) para seu rival Macky Sall (...) para felicitá-lo após as primeiras tendências que o apontam como vencedor do segundo turno das eleições presidenciais", segundo a emissora pública RTS.
A informação foi confirmada por Moussa Diop, conselheiro próximo a Macky Sall, que declarou: "a vitória é oficial, Wade reconheceu sua derrota".
Os primeiros resultados oficiais serão divulgados na terça ou na quarta-feira.
Sall era o favorito para o mandato presidencial de sete anos após obter o apoio de toda a oposição e de grande parte da sociedade civil.
Com exceção de alguns homens armados que perturbaram a votação em alguns colégios de Casamance (sul), região que sofre uma rebelião separatista há 30 anos, não houve nenhum incidente grave no restante do país.
Macky Sall pediu em várias ocasiões mais vigilância, temendo que os simpatizantes de Wade promovessem fraudes.
Candidato à reeleição, Abdoulaye Wade, de 85 anos e no poder havia 12 anos, enfrentava o segundo turno em uma situação delicada diante do que chamava de seu "aprendiz" Macky Sall, que foi seu ministro e primeiro-ministro antes de cair em desgraça em 2008.
Wade liderou o primeiro turno de 26 de fevereiro com 34,81% dos votos, mas Macky Sall (26,58%) conseguiu o apoio dos doze candidatos eliminados.
Macky Sall contava também com o apoio de movimentos de jovens e do célebre cantor Youssou Ndour, que quis se apresentar como candidato, mas não foi autorizado.
Para a oposição, a nova candidatura de Wade é "ilegal", pois esgotou os dois mandatos permitidos após sua eleição em 2000. No entanto, seus seguidores sustentam que as reformas da Constituição em 2001 e em 2008 lhe deram direito de voltar a se candidatar.
A candidatura de Wade a uma nova reeleição provocou importantes movimentos de protesto em todo o país, particularmente em Dakar. As manifestações proibidas foram duramente reprimidas, deixando pelo menos seis mortos e cerca de 150 feridos em um mês.
Sall, um engenheiro de 50 anos, foi homem de confiança do presidente Wade, ministro de Minas (2001-2003) e do Interior (2003-2004) antes de ser primeiro-ministro (2004-2007) e presidente da Assembleia Nacional (2007-2008). Em 2008 caiu em desgraça e fundou seu próprio partido, a Aliança para a República (APR).
Cerca de 300 observadores estrangeiros vigiaram as eleições, principalmente da União Africana, da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e da União Europeia (UE).