Pistorius relata assassinato de Reeva e chora
PRETORIA, 08 Abr 2014 (AFP) - O campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius, com a voz trêmula de emoção, chorou nesta terça-feira no tribunal ao contar sobre o assassinato de sua namorada Reeva Steenkamp, com quatro tiros, por engano segundo ele, em 14 de fevereiro de 2013.
No início da audiência, o atleta falou sobre o relacionamento com sua vítima, ressaltando "os projetos para o futuro".
"Reeva e eu havíamos começado a falar do futuro. Planejávamos realmente o futuro juntos, afirmou o atleta no segundo dia de seu depoimento.
Acordado na madrugada do dia 14 pelo "calor extremo", ele disse ter ficado em pânico ao ouvir a janela e a porta do banheiro se fecharem.
"Acredito que foi neste momento que tudo mudou", acrescentou, sob a orientação de seu advogado.
"Isso me fez congelar", prosseguiu. "Não há porta entre o meu banheiro e o meu quarto (...) apenas um corredor. A primeira coisa em que pensei é que eu precisava me armar e proteger Reeva".
Imaginando o pior, ele pegou sua arma sob sua cama falou para a sua namorada, que ele acreditava estar deitada, que chamasse a polícia, gritou para que o suposto intruso saísse, e seguiu pelo corredor que leva ao banheiro, com arma em punho, aterrorizado pelo agressor fantasma que poderia aparecer a qualquer momento.
Ele se perguntou "se havia alguém no banheiro, ou na escada de emergência que ele poderia ter usado para entrar", verificou o box de banho e constatou que não tinha ninguém ali".
"Eu não sabia para onde apontar minha arma (...) escutei um barulho vindo do banheiro e antes mesmo de me dar conta, atirei quatro vezes", relatou.
De volta ao quarto e ao não encontrar sua namorada na cama, ele então pediu ajuda e arrombou a porta do banheiro com um taco de cricket, que ele já havia posicionado por segurança antes de ir dormir.
"Eu olhei para ela, e...", disse Pistorius sufocado em soluços. "Não sei quanto tempo fiquei ali", articulou antes de declarar: "Ela não estava respirando", e de desmoronar, abalado por soluços.
O juiz, então, suspendeu a audiência para quarta-feira.
Na parte da manhã, Oscar Pistorius havia descrito como amava Reeva.
Pistorius e Steenkamp se conheciam há menos de quatro meses no momento do assassinato. Eles foram apresentados em 4 de novembro de 2012 por um amigo, o proprietário de uma concessionária de carros de luxo.
"Nos seis primeiros dias depois que nos conhecemos, ligávamos um para o outro todos os dias", disse o atleta, antes de afirmar que ambos saíam de relações anteriores "difíceis".
"Estava muito entusiasmado com Reeva. Acredito que eu estava mais interessado nela do que ela estava interessada em mim", afirmou Pistorius, que não conseguiu esconder o tremor nas mãos durante o depoimento.
Desde segunda-feira, orientado pelas perguntas de seu advogado, Oscar Pistorius se esforça para passar a imagem de um jovem sensível, bom cidadão, cristão, o oposto do garoto ciumento e nervoso retratado pelos depoimentos da acusação.
A acusação sustenta que ele atirou contra Reeva propositalmente após uma briga. Em uma mensagem, a namorada havia criticado o ciúmes do atleta, afirmando que "as vezes, você me dá medo".
bur-clr/cpb/de/mr
No início da audiência, o atleta falou sobre o relacionamento com sua vítima, ressaltando "os projetos para o futuro".
"Reeva e eu havíamos começado a falar do futuro. Planejávamos realmente o futuro juntos, afirmou o atleta no segundo dia de seu depoimento.
Acordado na madrugada do dia 14 pelo "calor extremo", ele disse ter ficado em pânico ao ouvir a janela e a porta do banheiro se fecharem.
"Acredito que foi neste momento que tudo mudou", acrescentou, sob a orientação de seu advogado.
"Isso me fez congelar", prosseguiu. "Não há porta entre o meu banheiro e o meu quarto (...) apenas um corredor. A primeira coisa em que pensei é que eu precisava me armar e proteger Reeva".
Imaginando o pior, ele pegou sua arma sob sua cama falou para a sua namorada, que ele acreditava estar deitada, que chamasse a polícia, gritou para que o suposto intruso saísse, e seguiu pelo corredor que leva ao banheiro, com arma em punho, aterrorizado pelo agressor fantasma que poderia aparecer a qualquer momento.
Ele se perguntou "se havia alguém no banheiro, ou na escada de emergência que ele poderia ter usado para entrar", verificou o box de banho e constatou que não tinha ninguém ali".
"Eu não sabia para onde apontar minha arma (...) escutei um barulho vindo do banheiro e antes mesmo de me dar conta, atirei quatro vezes", relatou.
De volta ao quarto e ao não encontrar sua namorada na cama, ele então pediu ajuda e arrombou a porta do banheiro com um taco de cricket, que ele já havia posicionado por segurança antes de ir dormir.
"Eu olhei para ela, e...", disse Pistorius sufocado em soluços. "Não sei quanto tempo fiquei ali", articulou antes de declarar: "Ela não estava respirando", e de desmoronar, abalado por soluços.
O juiz, então, suspendeu a audiência para quarta-feira.
Na parte da manhã, Oscar Pistorius havia descrito como amava Reeva.
Pistorius e Steenkamp se conheciam há menos de quatro meses no momento do assassinato. Eles foram apresentados em 4 de novembro de 2012 por um amigo, o proprietário de uma concessionária de carros de luxo.
"Nos seis primeiros dias depois que nos conhecemos, ligávamos um para o outro todos os dias", disse o atleta, antes de afirmar que ambos saíam de relações anteriores "difíceis".
"Estava muito entusiasmado com Reeva. Acredito que eu estava mais interessado nela do que ela estava interessada em mim", afirmou Pistorius, que não conseguiu esconder o tremor nas mãos durante o depoimento.
Desde segunda-feira, orientado pelas perguntas de seu advogado, Oscar Pistorius se esforça para passar a imagem de um jovem sensível, bom cidadão, cristão, o oposto do garoto ciumento e nervoso retratado pelos depoimentos da acusação.
A acusação sustenta que ele atirou contra Reeva propositalmente após uma briga. Em uma mensagem, a namorada havia criticado o ciúmes do atleta, afirmando que "as vezes, você me dá medo".
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