Ex-presidente do Mali se refugia no Senegal

Em Dacar

  • Nic Bothma/EFE/27.abr.2007

    Foto de arquivo mostra o presidente de Mali, que foi forçado a deixar o palácio presidencial em Bamaco

    Foto de arquivo mostra o presidente de Mali, que foi forçado a deixar o palácio presidencial em Bamaco

Os acontecimentos se aceleraram nesta quinta-feira (19) no Mali, com a partida para o exílio do ex-presidente Amadou Toumani Touré (ATT), que encontrou refúgio no Senegal vizinho, ao mesmo tempo em que foram libertados os dirigentes civis e militares detidos no início da semana pelos golpistas.

Touré, 63, e sua família deixaram Bamaco num avião presidencial do Senegal, em companhia do ministro das Relações Exteriroes deste país, Alioune Badara Cissé.

Chegaram a Dacar por volta das 23h30 locais (20h30 de Brasília), e Amadou Touré "estava tranquilo, ao lado da família", de 15 pessoas. Ficou hospedado numa residência reservada às visitas ilustres do Senegal, disse à AFP Abou Abel Thiam, porta-voz do presidente Macky Sall.

Sua saída de Bamaco coincidiu com a libertação de dirigentes civis e militares --22 no total-- que tinham sido detidos no início da semana, e que, segundo a polícia, devem responder a processo, uma vez que em casa de alguns foram encontradas armas.

Entre estes estão o ex-primeiro-ministro Modibo Sidibé, o ex-ministro Souma¯la Cissé, o advogado e deputado Kassoum Tapo e ainda o líder político Tièman Coulibaly.

Segundo algumas fontes, Amadou Touré enfrentou no aeroporto de Bamaco a hostilidade de soldados descontentes com o seu governo, que queriam impedir sua saída de Mali.

De acordo com uma fonte militar, a família Touré deixou Mali "com a aprovação, embora hesitante, do capitão Amadou Haya Sanogo", líder dos golpistas. Eles pensam, agora, abrir contra ele "processos na justiça por alta traição e desvio de dinheiro".

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