Estudo aponta que Chile condenou 76 agentes da ditadura por violações a direitos humanos

Santiago (Chile)

Até maio passado, um total de 76 agentes da ditadura chefiada por Augusto Pinochet (1973-1990) foram condenados no Chile por violações dos direitos humanos e 67 deles foram presos, segundo um estudo da Universidade Diego Portales, divulgado neste sábado.

Dos 67 presos, 36 eram do Exército, 27 da polícia (carabineiros), dois da Força Aérea, um da Marinha e um da Polícia de Investigações (civil), destacou o documento, elaborado pelo Laboratório de Direitos Humanos da universidade.

Dos nove agentes restantes, seis foram favorecidos com medidas judiciais que permitiram que cumprissem as penas fora da prisão e outros três morreram.

Os tribunais chilenos mantêm abertos 350 processos por desaparecimento, torturas, cárcere privado, conspirações que datam do período ditatorial e que envolvem 700 militares e agentes civiles.

O estudo foi apresentado um dia antes da exibição de um polêmico documentário intitulado "Pinochet", uma homenagem ao ditador que será realizada por seus simpatizantes em um teatro de Santiago e que causou o repúdio de grupos de direitos humanos e de parentes dos presos e desaparecidos.

A ditadura de Pinochet começou com o golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, que depôs o presidente socialista Salvador Allende, que morreu durante o bombardeio ao Palácio de La Moneda, sede do Executivo.

Um último relatório oficial, publicado em agosto de 2011, elevou a mais de 40.000 as vítimas do regime, entre elas 3.225 mortos ou desaparecidos. O restante foi preso e torturado.

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