Mauritânia realiza eleições presidenciais com tranquilidade

Em Oslo

NOUAKCHOTT, 21 Jun 2014 (AFP) - Os mauritanos votaram com calma neste sábado nas eleições presidenciais, nas quais o chefe de Estado em fim de mandato, Mohamed Uld Abdel Aziz, é o favorito, na ausência de seus principais opositores, que boicotam a votação, constatou a AFP.

A votação durou doze horas e as seções eleitorais fecharam, como o previsto, às 19H00 local (16H00 Brasília).

A taxa de participação era de 46% às 17H00 local, segundo uma fonte ligada à Comissão Eleitoral Nacional Independente (Ceni).

Em várias seções eleitorais visitadas após o fechamento das urnas a taxa de participação variava entre 30% e 50%.

Mais de 1,3 milhão de eleitores foram convocados às urnas após uma campanha eleitoral de duas semanas dominada pelo candidato-presidente Abdel Aziz.

Os principais opositores a Abdel Aziz, reunidos no Fórum Nacional pela Democracia e a Unidade (FNDU, oposição radical), denunciaram o caráter ditatorial de sua política e pediram o boicote das eleições, que qualificaram de "fachada eleitoral" organizada de forma unilateral.

O FNDU apostou no alto índice de abstenção para, segundo ele, revelar a pequena credibilidade do presidente atual.

Mas o presidente enfrentou quatro adversários, entre eles uma mulher de 57 anos, Lalla Mariem Mint Mulaye Idris, e Biram Uld Dah Uld Abeid, um ativista conhecido pela luta contra a escravidão, uma prática que perdura no país, apesar de ter sido oficialmente abolida em 1981.

Os outros dois candidatos às presidenciais são Ibrahima Moctar Sarr e Boidiel Uld Humeid, do partido El Wiam, formação da oposição moderada.

Abdel Aziz, um ex-general de 57 anos, chegou ao poder após um golpe de Estado em agosto de 2008 e no ano seguinte foi eleito para um primeiro mandato de cinco anos.



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